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Etanol de milho aumentará a competitividade do frango brasileiro

29 de janeiro de 2014
em Artigos
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Iniciarei dizendo que no Brasil, a oferta de milho nas últimas três safras superou em muito o consumo. Segundo dados da Conab, o consumo interno de milho, que em 2013 representa 66,7% da produção, deve continuar nestes patamares, se este crescimento se mantiver nos níveis atuais. Ou seja, em 2022/23 teremos que exportar próximo de 30 milhões de toneladas de milho, como aponta as projeções do Ministério da Agricultura.

Há dez anos, o Brasil produzia 47,4 milhões de toneladas de milho, sendo 34,5 milhões de toneladas na primeira safra e 12,9 milhões de toneladas na segunda. Na safra de milho 2012/2013, segundo a Agroconsult, produzimos 37,3 milhões de toneladas na primeira e 46,5 milhões de toneladas na segunda, quase 84 milhões de toneladas. Segundo a mesma consultoria, em 2023 o Brasil estará produzindo 133 milhões de toneladas de milho.

Como podemos ver, seja na projeção do Ministério da Agricultura ou da Agroconsult, teremos de 30 a 60 milhões de toneladas de milho excedentes no mercado interno a mais que o consumo. Agora, para ter este crescimento projetado o produtor precisa ter rentabilidade, afinal o frete, em dólar, subiu 50% nos últimos dez anos. Este problema de falta de infraestrutura armazenadora e logística faz com que o mercado seja muito instável, prejudicando não só os produtores, mas toda a cadeia consumidora de milho também.

Os produtores de frango do sul do Brasil tem mostrado uma grande preocupação, dizendo que se transformarmos uma parte do milho em etanol e DDGS o preço do milho irá crescer muito, o que não é uma realidade, muito pelo contrário, pois o que buscamos é em vez de ter que exportar o excedente de milho, transformá-lo em produtos que venham a trazer ganhos. E um deles será o DDGS, que é um dos produtos da transformação na industrialização do milho.

O DDGS é um farelo proteico que serve para ração de frangos, peixe, bovinos etc. e tem preço extremamente competitivo, substituindo o farelo de soja. É uma excelente fonte de energia, aminoácidos e fósforo, além de reduzirem os custos de formulação da dieta dos animais. O custo de produção é no mínimo um terço menor comparado ao farelo de soja. Com isso, já podemos apontar um ganho considerável para os produtores brasileiros de carnes.

Com um preço mais competitivo, nossa carne se tornará mais barata, estimulando tanto o consumo interno e quanto sua exportação, além do incremento na produção de etanol. Ou seja, estamos falando da próxima etapa na modernização das cadeias produtivas do Brasil. Ao em vez de exportarmos milho, que é um produto mais barato, liberamos farelo de soja para exportação, que é um produto de maior valor agregado, aumentando os ganhos para o país.

E o Brasil é um dos poucos países que ainda tem margem para aumentar sua produção, afinal o milho é cultivado em apenas 30% da área plantada com soja. Se tivéssemos preço remuneratório, em dez anos poderíamos produzir 150 milhões de toneladas e não as 93 projetadas pelo governo. O grande problema é que a região para expansão está no Centro-Oeste, distante dois mil quilômetros dos portos, o que nos obriga a achar alternativas para viabilizar nosso potencial de produção.

Eu entendo a preocupação dos avicultores do sul do Brasil, mas espero que eles entendam que nós não podemos também ficar produzindo milho para vender a sete reais a saca como ocorreu há dois anos. Precisamos encontrar um equilíbrio, e o governo tem papel tão importante nisto quanto o setor privado. Os estoques oficiais precisam estar concentrados próximos às zonas de consumo e os leilões de prêmio para escoamento devem ser direcionados a todos os estados consumidores.

Veja bem, um milho que custa 14 reais a saca em Campos de Júlio, Mato Grosso, chega a Santa Catarina a um preço de 26 a 28 reais. Se tivéssemos uma logística adequada, chegaria no máximo custando 20 reais. Outro ponto importante seria a priorização do crescimento da avicultura na região produtora de milho, com isto os avicultores, além de terem o milho mais competitivo, teriam o DDGS, o que dariam como resultado uma ração mais barata e em consequência também a carne.

Logo que vi a matéria da preocupação dos produtores avícolas, falei com duas pessoas que são grandes entusiastas do etanol do milho, assim como eu. Um deles é meu sócio Ademir Rostirolla e outro é Roberto Altenburger, diretor da Usimat que produz etanol de milho. Pedi para me falarem suas opiniões as quais eu resumi abaixo:

As crises de abastecimento nas Regiões Sul e Nordeste se deram pela logística e não por falta de milho. Mesmo que o PEP e PEPRO tentem minimizar, a logística impede de atendê-los, ocasionando o achatamento dos preços ao produtor do Centro-Oeste e inviabilizando a 2ª safra. E aí sim faltará milho no Brasil, onde todos perderão, o País pela falta de produção, a população pelo aumento do preço da carne e ovos e os estados do Centro-Oeste pela diminuição na atividade agrícola, com consequências para o desemprego.

Por outro lado, os estados do Centro-Oeste não podem ficar dependendo de produzir matéria-prima barata espoliando seus produtores, e deixando de agregar renda a suas comunidades.
Os produtores do Centro-Oeste precisam buscar alternativas de agregar valor ao milho e sorgo granífero produzindo Etanol (energia) e DDG (Ração proteica) e outros produtos da industrialização do milho. Importante lembrar que na transformação do milho substituímos quatro carretas de milho por uma de DDGs.

Com isto, o Centro-Oeste também poderá desenvolver sua agroindústria, melhorando arrecadação, o que permitirá construir a infraestrutura que a região tanto precisa para expressar todo seu potencial econômico, gerando melhorias que beneficiariam toda a sociedade. É muito mais lógico que a indústria de carnes venha para próximo da maior produção de milho do país, afinal, Mato Grosso produz vinte milhões de toneladas de milho e consome apenas cinco milhões.

Como podemos ver temos uma enorme oportunidade no Brasil de beneficiar tanto produtores de carne quanto de milho. O importante é termos um equilíbrio e uma política de médio e longo prazo que permita o ganho de toda a cadeia. E a logística é fundamental para este equilíbrio, o que significa que esta parte temos a obrigação de cobrar do nosso Governo.

*Glauber Silveira – Presidente da Aprosoja Brasil

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#RegularizaçãoFundiária é importante para trazer dignidade humana àqueles que ocupam a terra de forma mansa, pacífica e de boa fé, mas que ainda não possuem a escritura da propriedade. @ZeSilva_ e @irajasenador debatem o tema no Congresso Nacional bit.ly/39Y25HG

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Outro ponto fundamental da #RegularizaçãoFundiária: há décadas, famílias foram contatadas para se deslocarem e produzirem em áreas da Amazônia. O número de módulos foi definido pelo tamanho de cada família. Não é justo deixar quem tiver 6 ou + sem documento da propriedade.

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Na Comissão de Agricultura da @camaradeputados citei pressupostos básicos a serem avaliados no processo de #RegularizaçãoFundiária: 1º - lapso temporal para anular grileiros; 2º - posse mansa e pacífica e 3º - utilização da terra para saber se o cidadão é agricultor de fato. ⬇

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PROGRAME-SE! A @fpagropecuaria irá debater, na próxima segunda-feira (12), às 19h, os Fundos de Investimentos do Agronegócio (FIAgro), bem como os vetos presidenciais à Lei 14.130/2021. Acesse nosso canal no YouTube para acompanhar: youtu.be/1UsCWiuq-Gc pic.twitter.com/b3M8…

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e também do ponto de vista ambiental, dos recados que queremos dar aos brasileiros e aos estrangeiros quando falamos de desmatamento e queimadas ilegais. A regularização fundiária é o projeto mais importante para nós mitigarmos essa imagem negativa que tem o Brasil neste cenário. pic.twitter.com/AsH7…

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  • Importante para trazer dignidade humana àqueles que ocupam a terra de forma mansa, pacífica e de boa fé, mas que ainda não possuem a escritura pública da propriedade, a Regularização Fundiária foi tema de debate no Congresso Nacional, em audiência pública, realizada nesta sexta-feira (9), na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), da @camaradeputados.

O deputado @depzesilva (SD-MG), destaca que decretos, portarias e instruções normativas que tratam do tema não dão segurança jurídica ao longo do tempo. “É preciso ter uma lei, pois ela dará segurança jurídica não só internamente, mas também para o cenário internacional. Precisamos da regularização fundiária para fazer justiça àqueles que ocuparam as terras de forma legal.” 

O relator da proposta na Câmara, deputado @boscosaraiva (SD-AM), ressaltou que está participando de reuniões e que quer ouvir as convergências. “Debates anteriores me deram muitas luzes sobre este tema, vamos levar ao Plenário o mínimo possível de divergência porque imagino que todos queiram efetivamente que a proposta valorize a tecnologia e possa ajudar o Incra a cumprir o seu papel.”

SAIBA MAIS NA AGÊNCIAFPA
  • ‼️ PROGRAME-SE ‼️

📲 A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) irá debater, na próxima segunda-feira (12), às 19h, os Fundos de Investimentos das Cadeias Agroindustriais (FIAgro), bem como os vetos apresentados pela Presidência da República à Lei 14.130/2021. 

✅ Participam da live, o coordenador de Infraestrutura e Logística da FPA e autor da Lei, deputado Arnaldo Jardim (SD-SP), o sócio-executivo da empresa de consultoria EcoAgro, Moacir Teixeira, e o sócio da XP Investimentos, Pedro Freitas. A moderação do debate ficará por conta do presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Nilson Leitão.

🗓️ Reserve um horário em sua agenda e fique atento às nossas redes sociais para mais informações.

Se inscreva no nosso canal do Youtube e não perca: https://youtu.be/1UsCWiuq-Gc

#Live  #fiagro
  • De acordo com dados do Ministério da Economia, a agropecuária, setor do agronegócio que corresponde a atividades realizadas “de dentro da porteira”, foi responsável pela criação de mais de 23 mil vagas de emprego apenas no mês de fevereiro, o que representa 5,74% do total das 86.842 vagas criadas no país. No acumulado do ano, esse saldo é ainda maior, com  56.676 vagas criadas, o equivalente a 8,6% do total de postos de emprego criados no país nos dois primeiros meses de 2021.

Saiba mais: https://glo.bo/3cOZmSv
  • Em reunião do Conselho do Agronegócio da @instafiesp, o presidente da @fpagro, @sergiosouzapr (MDB-PR) trouxe a pauta prioritária da bancada para o primeiro semestre de 2021: licenciamento ambiental, regularização fundiária e modernização da legislação dos pesticidas, além da derrubada aos vetos do FIAGRO. 

O presidente do Instituto Pensar Agro, @nilsonleitao, ressaltou que o setor estará cada vez mais envolvido nos debates necessários para desenvolver o setor com sustentabilidade e tecnologia.
  • Durante evento online promovido pelo Insper Agro Global, o sócio-sênior e líder de Agronegócios da McKinsey na América Latina, Nelson Ferreira, apresentou um estudo no qual o Brasil continua líder na digitalização no campo em relação aos seus principais concorrentes, Estados Unidos e Europa. 

De acordo com Ferreira, antes da pandemia, 36% dos agricultores brasileiros utilizavam meios digitais para realizar compras de insumos e maquinários, ante 24% nos Estados Unidos e 15% na União Europeia. Já em 2021, o país conta com 46% dos produtores rurais utilizando-se de ferramentas digitais para compra de insumos e outros produtos pertinentes à atividade. 

Saiba mais: https://bit.ly/3rArYTP 

#agro #agricultura #campo #agronegocio #agronegócio #agropecuaria #produtorrural #agricultor #digitalização #transformaçãodigital
  • Em reunião de diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o presidente da FPA, deputado @sergiosouzapr, defendeu a derrubada dos vetos presidenciais impostos na lei que institui os Fundos de Investimentos das Cadeias Agroindustriais (Fiagro). 

A Receita Federal justificou os vetos dizendo que a proposta original geraria renúncia de receita. De acordo com o deputado @arnaldo.jardim.1, autor do PL 5191/20 na@camaradeputados, um dos vetos impede a equiparação fiscal com os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs). Para o deputado, é preciso derrubar os vetos, de modo a garantir as isenções, o diferimento no recolhimento do IR e melhores condições de competitividade do agronegócio no mercado.

Acesse a matéria completa na AgênciaFPA
  • Autor do projeto de lei 5191/20 na @camaradeputados, o deputado @arnaldojardimoficialafirma que um dos vetos impede a equiparação fiscal com os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs). “Não tem cabimento, os vetos descaracterizam o projeto e comprometem a existência do Fiagro. Queremos equivaler tributariamente o Fundo ao FIIs e outros fundos de investimentos,” disse..

O presidente da @fpagro, @sergiosouzapr, defendeu a derrubada dos vetos presidenciais a lei que institui os Fundos de Investimentos das Cadeias Agroindustriais (Fiagro). O texto foi publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU).

SAIBA MAIS NA AGÊNCIAFPA
  • Em janeiro deste ano, o presidente francês Emmanuel Macron soltou a afirmação de que “continuar a depender da soja brasileira seria endossar o desmate da Amazônia”.

Para tentar entender as razões do presidente francês, é bom lembrar da entrevista que o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Nutrição Animal (SNIA), François Cholat, deu em outubro ao Valor Econômico.

Na ocasião, Cholat afirmou que “a soja francesa é 25% mais cara que a soja brasileira ou americana. Num contexto econômico complicado, é difícil o produtor abrir mão da soja especialmente rica em proteínas do Brasil.”

Saiba mais: https://bit.ly/3u0cJF8
  • Durante a abertura da Semana Internacional da Agricultura Tropical (AgriTrop 2021), organizada pela Embrapa e pelo Instituto Internacional de Cooperação para a Agricultura (IICA), o modelo agricultura tropical, baseado em ciência, tecnologia e inovação implementado no Brasil, foi reconhecido por especialistas como um dos principais motivos do país ter se tornado um dos maiores atores mundiais no setor.

De acordo com o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, indicado para receber o Prêmio Nobel da Paz em 2021 e o homenageado do AgriTrop2021, “o Brasil é o exemplo concreto de que a ciência é capaz de transformar realidades. Importador de alimentos na década de 1970, o País é hoje uma potência agrícola mundial, responsável pela alimentação de 800 milhões de pessoas em mais de 160 países”. 

Para o presidente da Embrapa, a evolução surpreendente da agricultura brasileira nos últimos 50 anos levou a um crescimento nunca antes visto no mundo. Como exemplo ele citou a cafeicultura, que cresceu quatro vezes nos últimos 25 anos e o leite, que saltou de 5 bilhões para 35 bilhões de litros.

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