fbpx
  • Ir para FPA
Agência FPA
No Result
View All Result
  • Início
  • Notícias
  • Fotos
  • Contato
  • Cadastre seu e-mail
Agência FPA
  • Início
  • Notícias
  • Fotos
  • Contato
  • Cadastre seu e-mail
No Result
View All Result
Agência FPA
No Result
View All Result

Soja, o tesouro brasileiro mal cuidado pelo governo

FPA por FPA
9 de julho de 2013
em Notícias
0

*Glauber Silveira

A importância da soja na pauta de exportação brasileira é inquestionável. A soja há dez anos está dentre os cinco principais produtos exportados pelo Brasil, se alternando na liderança com minério de ferro e petróleo, e esteve no primeiro lugar em 2009, quando exportamos 17 bilhões de dólares, números do MDIC. E a sua importância não para por aí, ao longo desses anos a cultura transformou a realidade do interior do país, gerando progresso onde foi introduzida. Contudo, muito pouco tem sido feito em troca pelo Governo Federal.

Proteína mais barata no mundo, além de compor 40% da ração de frangos e suínos de granja no Brasil, a soja ainda segue para alimentar criações e bilhões de pessoas ao redor do mundo. Em 2012, foram 26 bilhões de dólares exportados pelo complexo soja, o que representa 11% de tudo o que o Brasil exportou, 27% do que o agronegócio brasileiro exportou e um terço do saldo positivo da balança comercial do setor. Ou seja, como os outros setores já estavam aí há uma década, e é claro que eles também cresceram, mas considerando o superávit da balança comercial brasileira geral, de 19 bilhões de dólares em 2012, se não tivéssemos a soja não haveria superávit, ponto final. Isto está muito claro, embora ninguém diga.

E os benefícios da cultura não param por aí. Motor do desenvolvimento no interior do Brasil, com a vinda da cultura, cidades e municípios inteiros emergiram onde antes não havia nada, como Primavera do Leste, Sorriso, Sinop, enquanto outros experimentaram um desenvolvimento espantoso como Rio Verde, Jataí, Luís Eduardo Magalhães, Vilhena e tantas outras. E foi assim, que o grão antes incompreendido, no qual chegou a ser oferecido de graça aos produtores do Sul, foi depois introduzido pelos colonos no Centro-Oeste, Nordeste e Norte e se tornou peça fundamental e pilar econômico de sustentação deste país.

E ao contrário do que se possa pensar, a soja no Brasil não é produzida por uma ou meia dúzia de empresas. Conta com mais de 220 mil pequenas, médias e grandes empresas de produtores, que geram milhões de empregos por todos os cantos do Brasil, cerca de 6 milhões de trabalhos diretos e indiretos. Onde tem soja tem desenvolvimento, no cerrado, ou nas regiões de fronteira do MAPITO e Oeste baiano, no Pará, em Rondônia. Onde tem soja o IDH é sempre melhor comparado com o resto do país e com o estado, basta ver os números do IBGE. Um exemplo, o IDH de Rondônia é de 0,75 que é considerado médio, contudo Vilhena teve seu IDH revisto no último ano para 0,84 que é considerado alto. E assim se repete em todos os municípios brasileiros produtores de soja.

Apesar de ser esse importante agente de manutenção do superávit da balança comercial e uma locomotiva de desenvolvimento social, pouco temos visto o Governo Federal fazer em troca pela soja. Os bilhões que a soja tem dado ao governo e que, merecidamente, parte deveria retornar em infraestrutura de transporte e escoamento, não tem acontecido. E assim, a duras penas, como se ignorasse que é quase impossível continuar a crescer, a soja cresce, enquanto produtores e sociedade pagam um preço alto por isto.

A grande verdade, dita por especialistas de todo o mundo, é que se o Brasil tivesse uma infraestrutura adequada, com fretes mais baixos e uma logística condizente com a grandeza dessa pátria e da sua produção agropecuária, as cotações dos grãos (soja, milho e trigo) nos mercados internacionais estariam mais baixas. Mas mesmo assim, o produtor brasileiro receberia o mesmo ou até mais.

Imagine que hoje, a um preço de 26 dólares a saca, o produtor paga 9 dólares de frete, sobrando 17 de renda bruta. Agora imagine que houve a revolução de logística e infraestrutura no país que todos esperamos. Resolvemos os eventuais problemas de frete de retorno, temos rodovias ideais, ferrovias para as maiores distâncias e hidrovias estratégicas funcionando. Esse frete poderia cair 30% segundo especialistas, ou seja, iria para 6,3 dólares por saca. Isso geraria um impacto positivo na intenção de plantar e os mercados internacionais reagiriam com uma perspectiva de aumento de produção e queda de preço. A cotação da soja poderia baixar para 24 dólares a saca (-7%), que o produtor ainda receberia mais, cerca de 17,7 dólares por saca (+4%). Ficou claro?

Além de tudo isso, a soja, ao contrário de outras matérias primas como ferro e petróleo que são finitas, é renovável. Além de fixar CO2, também fixa nitrogênio do ar para si e ainda deixa sobra no solo, dispensando adubos nitrogenados que consumem combustível fóssil. Isso significa um potencial enorme na rotação com outras culturas como o caso do milho, cana e pasto que dependem de nitrogênio do adubo.

E para finalizar, a soja soma 80% da matéria-prima para produzir o biodiesel brasileiro na mistura de 5% do diesel na bomba hoje. Trata-se de um combustível renovável, sustentável, oriundo da biomassa. Mas você já leu isso em algum lugar, alguma nota do Governo brasileiro? Portanto, ao contrário do minério de ferro e petróleo que são finitos, a soja bem manejada poderá infinitamente fornecer proteína e energia barata para o Brasil e para o mundo.

Não resta dúvida, trata-se de uma questão de priorizar o que é prioridade. O que a soja brasileira espera é apenas o reconhecimento do seu valor, tendo em contrapartida de tudo que tem feito pelo Brasil. Que receba em troca investimentos para que possa continuar expandindo em produção e mantendo o desenvolvimento do país. E não estamos falando de muito, basta garantir a conclusão da BR 163, de ferrovias estratégicas como a Norte-Sul, a FICO e a FIOL, ainda essa década. Basta tirar do papel a Hidrovia do Paraná, do Teles Pires-Tapajós, do Aranguaia-Tocantins. Será possível que estamos falando algum absurdo? Não, absurdo é não escutarem o que estamos dizendo!

*Presidente AprosojaBrasil

Publicação anterior

Indios: Debate sobre demarcação de terras adiado para 14 de agosto

Próxima publicação

Aprovada a regulamentação de vinhos artesanais

Próxima publicação

Aprovada a regulamentação de vinhos artesanais

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

45 + = 49

No Result
View All Result

Participe de nosso Canal

Receba notícias no Telegram

Revista FPA 2021/2022

Últimas do Twitter

Frente Parlamentar da Agropecuária Follow

fpagropecuaria
fpagropecuaria Frente Parlamentar da Agropecuária @fpagropecuaria ·
30 jun

Quando você pensa no agro, pensa só em alimento? 🤔

♻️ Do bagaço da cana ao biodiesel da soja, da madeira de reflorestamento ao biogás — o que sobra na produção vira combustível para a economia girar.

👉 É como se o campo brasileiro fosse uma grande usina verde, que planta,…

4

Reply on Twitter 1939695744983707876 Retweet on Twitter 1939695744983707876 Like on Twitter 1939695744983707876 4 Twitter 1939695744983707876
fpagropecuaria Frente Parlamentar da Agropecuária @fpagropecuaria ·
27 jun

📺 CNN | O RESULTADO É CLARO: É HORA DE CORTAR GASTOS, NÃO AUMENTAR IMPOSTOS!

Em reportagem do Prime Time, da CNN, parlamentares da FPA reagiram à derrubada do aumento do IOF e afirmaram: o governo precisa se preocupar com o povo brasileiro, que está pagando caro por uma gestão…

Reply on Twitter 1938659635344343180 Retweet on Twitter 1938659635344343180 4 Like on Twitter 1938659635344343180 22 Twitter 1938659635344343180
Load More

RSS Últimas notícias

  • FPA: cautela e diplomacia firme diante da tarifa de 50% imposta pelos EUA ao Brasil
  • Comissão de Agricultura aprova mudança no Proagro para proteger pequenos produtores
  • Estado pode assumir custo de georreferenciamento em lotes da reforma agrária
  • CAPADR aprova repasse mínimo anual de R$ 250 bilhões para execução do Plano Safra
  • Deputados da FPA defendem liberdade ao produtor para definir horário de desconto na conta de luz
  • Faixa de Fronteira é aprovada no Plenário do Senado
  • Coalizão de Frentes Parlamentares do Setor Produtivo mostra apoio ao Licenciamento Ambiental
  • Faixa de fronteira é aprovada na CRE
  • Por dentro dos números do Plano Safra 2025/26: a maior taxa de juros já paga pelo produtor rural
  • Proposta que integra produtores ao Código Florestal é aprovada na CRA
  • Início
  • Notícias
  • Contato
  • Cadastre seu e-mail
  • Política de privacidade

Site desenvolvido pela Pressy © 2021
Pressy Comunicação e Tecnologia

No Result
View All Result
  • Início
  • Notícias
  • Cadastre seu e-mail
  • Contato
  • Fotos
  • Ir para FPA

Site desenvolvido pela Pressy © 2021
Pressy Comunicação e Tecnologia

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência neste site. Ao fechar esta mensagem sem modificar as definições do seu navegador, você concorda com a utilização deles. Saiba mais sobre cookies e nossa política de privacidade.
Configuração de CookiesAceitar
Manage consent

Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Estes cookies serão armazenados no seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de desativar esses cookies. Mas a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
Necessários
Sempre ativado
Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o bom funcionamento do site. Esta categoria inclui apenas cookies que garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal.
Não Necessários
Quaisquer cookies que podem não ser particularmente necessários para o funcionamento do site e são usados ​​especificamente para coletar dados pessoais do usuário por meio de análises, anúncios e outros conteúdos incorporados são denominados cookies não necessários. É obrigatório obter o consentimento do usuário antes de executar esses cookies em seu site.
SALVAR E ACEITAR