Membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) participaram da homenagem ao ex-ministro da agricultura, Alysson Paolinelli, nesta terça-feira (22), no Salão Negro da Câmara dos Deputados. Indicado para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz 2021, Paolinelli foi professor, secretário de Estado, ministro da Agricultura e membro do Congresso Nacional. À frente do Ministério da Agricultura criou a Embrapa e desenvolveu políticas de estado que modernizaram a agricultura tradicional, além de estimular a pesquisa no setor agropecuário.
De acordo com o presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), a projeção é que o Brasil se torne o maior produtor de alimentos do mundo até 2050. “Esse é o resultado da tecnologia e da inteligência do Alysson Paolinelli.” O parlamentar destacou ainda que a indicação do engenheiro agrônomo ao Prêmio Nobel da Paz significa que “nós precisamos erradicar a fome no planeta e produzir em quantidade e em qualidade, mitigando os máximos efeitos negativos ao meio ambiente”.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacou os avanços do setor com a criação da Embrapa. “Alysson foi o divisor de águas da agricultura brasileira”. Tereza Cristina citou o estímulo à pesquisa promovido por Paolinelli, “hoje somos grandes produtores e exportadores. Essa homenagem ainda é pequena por tudo que ele fez,” disse.
Segundo a deputada Aline Sleutjes (PSL-PR), a vida de Alysson Paolinelli se mistura com a vida do agro. “Paolinelli vem como um marco para o desenvolvimento da agricultura brasileira. Como um grande pesquisador e incentivador mostrou que sempre dá para fazer mais, mesmo nas regiões mais difíceis, com tecnologia, desenvolvimento e pesquisa. Paolinelli fez a diferença na agricultura nacional e internacional”.
Para o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), Alysson Paolinelli está para a produção do agro brasileiro como “visionário inicial”. Segundo o parlamentar, foi a partir dele que vários processos produtivos, que pareciam impossíveis, aconteceram. “Esse prêmio é absolutamente merecido e essa homenagem é algo que o Brasil deve ao Alysson Paolinelli”.
O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) ressaltou que Paolinelli é inovador. “Sua idade nunca o limitou às coisas tradicionais. O que eu mais vibro é a sua capacidade de reaprender, romper limites e buscar novas alternativas.”
“Falar do Alysson Paolinelli é falar da história de superação e das conquistas da agricultura brasileira. Ao ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz todos nós mineiros e brasileiros nos sentimos premiados também,” disse o deputado Zé Silva (SD-MG).
O ex-ministro da agricultura, Alysson Paolinelli destacou a gratidão e orgulho com a homenagem. “Quero deixar claro que esse prêmio quem merece é o Brasil, é o nosso pesquisador, nosso extensionista, nosso técnico que conseguiu montar uma política pública adequada, é o nosso produtor rural. E são essas pessoas que eu quero devotar toda honraria que eu tiver”, agradeceu o engenheiro agrônomo.
Já o presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Nilson Leitão, enfatizou que a homenagem é para aquele que de fato enxergou além do seu tempo. “É um grande momento, e isso tem que se expandir para todos os setores. O Brasil precisa se unir nessa competição, que é eleger um brasileiro Nobel da Paz por ter feito o Brasil um dos países que mais produz alimentos para o mundo.”
Atlas do Agronegócio Brasileiro
Na ocasião, também foi lançada a publicação do “Atlas do Agronegócio Brasileiro: Uma Jornada Sustentável”, produzido pela CropLife Brasil. Christian Lohbauer, presidente da Croplife, explicou que a publicação contém importantes informações sobre a sustentabilidade do agronegócio brasileiro em um fascículo. “São dados conhecidos, com fontes de primeira linha e que demonstram a trajetória sustentável do agronegócio brasileiro, que vem em uma linha de produtividade crescente. Precisamos divulgar informação de boa qualidade”.