Durante a reunião, interrompida pelo início da Ordem do Dia, um artefato sonoro com simulacro de bomba chamou atenção dos participantes da sessão e da Polícia Legislativa
A Comissão Especial que trata da modernização da lei dos defensivos agrícolas retomou os trabalhos na manhã de ontem (20) para tentar votar o novo parecer do relator, deputado Luiz Nishimori (PR-PR). Pouco antes do início dos trabalhos, foi identificada uma mala plástica que emitia um intenso som de alarme no Plenário da Comissão. O artefato foi entregue à Polícia Legislativa por um dos assessores que acompanhava a reunião e os agentes perceberam que se tratava de um simulacro de bomba com fios ligados à uma campainha.
“Fui informada da existência de uma mala que continha uma simulação de bomba aqui na sala. Vamos abrir uma sindicância, mas já temos imagens da pessoa que deixou o objeto aqui. É uma brincadeira de muito mau gosto, queriam nos assustar”, afirmou a presidente da Comissão, deputada Tereza Cristina (DEM-MS).
Diante do início da Ordem do Dia, 12h, a sessão foi suspensa. “A Ordem do Dia começou, portanto, vamos suspender a sessão”, informou. Por volta das 18h, a presidente encerrou a reunião oficialmente. “Infelizmente estamos encerrando a sessão de hoje porque os trabalhos no Plenário levarão mais tempo. Vocês serão informados sobre a nova data da reunião”, comentou a parlamentar.
A Comissão Especial tenta votar o substitutivo ao PL 3200/2015 desde o dia 25 de abril. Manobras regimentais da oposição, no entanto, vêm atrasando o andamento da matéria. Instalada em abril de 2016, a Comissão realizou 12 reuniões deliberativas, nove audiências públicas e um seminário, sempre com a participação de universidades, cientistas, médicos, representantes de órgãos federais e reguladores nacionais e internacionais, da sociedade e de entidades do setor agrícola. “O debate foi construído com dados técnicos, econômicos e científicos trazidos por diversos atores, incluindo especialistas e cidadãos. Ninguém está tentando votar nada a toque de caixa, trata-se de uma legislação fundamental para o desenvolvimento tecnológico da nossa agricultura”, disse a presidente.