Um grupo de deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) bateu no final da tarde desta quarta-feira às portas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vinculada ao Ministério da Saúde, para debater o rito e a desburocratização dos registros de defensivos agrícolas no país, fonte de muitas críticas devido à morosidade do processo. “Foi um encontro proveitoso porque sentimos boa vontade do presidente da Anvisa, Dr Jarbas Barbosa, em acolher nosso pleito, que é o de agilizar essas concessões”, explicou o presidente da FPA, Marcos Montes (PSD-MG).
Montes explicou que, diferente de outros países, o registro de um defensivo no Brasil às vezes demora dez anos e enquanto isso a praga e a doença vão destruindo as lavouras e matando animais, causando prejuízos incalculáveis ao setor produtivo. Daí se afirmar que a burocracia é tão perniciosa para o agronegócio quanto essas pragas. “Pedimos apenas para acelerar o processo de registro dos agroquímicos e abrir esse canal de comunicação para que haja um melhor entendimento entre as indústrias, o Ministério da Agricultura e a própria Anvisa, o que houve compreensão neste sentido”.
Também participaram da reunião com o presidente da Anvisa, os deputados Valdir Colatto (PMDB-SC), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Tereza Cristina (PSB-MS) e Alceu Moreira (PMDB-RS), todos integrantes da FPA. Eles foram unânimes em criticar os procedimentos do órgão em conceder os registros. “O Brasil não permite aqui o uso de algumas moléculas, mas aceita a compra de produto importado com elas na sua composição. Há casos de processos que tramitam há mais de uma década, enquanto todos países vizinhos já utilizam em suas lavouras”, enfatizou Alceu Moreira.