As tratativas pela ampliação da janela do plantio de soja no Rio Grande do Sul obtiveram um importante avanço nesta terça-feira (12). Em portaria publicada no Diário Oficial da União, o Ministério da Agricultura (Mapa) assegurou a extensão do calendário em determinadas regiões do estado, permitindo melhores condições para o desenvolvimento da oleaginosa. O assunto já vinha sendo debatido nas últimas semanas entre os deputados Alceu Moreira (MDB-RS) e Valdir Cobalchini (MDB-SC) com o ministro Carlos Fávaro, com a participação de entidades do setor e órgãos técnicos.
Na avaliação de Alceu, as mudanças representam segurança para a cadeia e seus produtores. “Sabemos de toda a importância da cultura para o PIB do estado. O próprio ministro já havia admitido a necessidade de ajustes e, felizmente, chegamos a um resultado mais adequado”, considera o deputado, destacando o papel dos presidentes da Farsul, Gedeão Pereira; da Federarroz, Alexandre Velho; e do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, nesse processo.
A portaria publicada pelo Mapa também inclui modificações para Santa Catarina e Rondônia. No caso do Rio Grande do Sul, a extensão do prazo para a semeadura abrange mais de 90 municípios, divididos em duas regiões: a primeira, de 1º de outubro a 18 de janeiro de 2024, contemplando 110 dias, e a segunda, de 1º de outubro a 28 de janeiro, possibilitando 120 dias. Os demais municípios permanecem com a vigência da janela até 8 de janeiro de 2024.
Santa Catarina
O deputado federal Valdir Cobalchini (MDB-SC) informou que a Portaria nº 866/2023, foi publicada após solicitação junto ao superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA/SC), Fúlvio Neto. Com o novo documento, foi oficializada a alteração do calendário, que passou de 100 para 120 dias. A medida contempla as regiões oeste, sul e planalto norte catarinense. O novo cronograma será de 2 de outubro a 30 de janeiro de 2024.
Cobalchini comemora a publicação. “O tema teve a sensibilização que merece. Fizemos um trabalho em conjunto e, finalmente, temos uma boa notícia para o produtor. O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o Superintendente, Fúlvio Neto, foram fundamentais neste processo. Após levarmos o apelo dos produtores para a mudança de data, houve muita dedicação para reverter a situação. Hoje, compartilhamos essa conquista”, enaltece.
Cobalchini explica que a mudança viabiliza a safrinha de soja, plantada em algumas regiões do estado, assim como outras culturas em sucessão, como o milho. “Permitiremos o incremento de aproximadamente 450 mil toneladas do cereal e 150 mil toneladas da oleaginosa por safra”.