Os Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) surgiram para aproximar o mercado de capitais do agro e canalizar recursos de investidores para as atividades agropecuárias – um financiamento mais barato, com prazo mais acessível e com garantias mais executáveis. Apesar do sucesso que perdura desde a aprovação, em 2021, o instrumento passa por melhorias constantes para abranger diferentes públicos e demandas, com o empenho da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Como por exemplo, a normatização do Fiagro multimercado, algo que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), fará em 2024. A consulta pública sobre o tema foi encerrada no começo de fevereiro e o mercado já começa a ensaiar como serão os próximos capítulos, bem como os avanços trazidos pelas mudanças.
O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), autor da proposta na Câmara dos Deputados, destaca o trabalho realizado pela bancada do agro. “Junto com a CVM, a FPA e outras entidades realizaram uma bem-sucedida ciranda de divulgação. O aperfeiçoamento das normas vai consolidar ainda mais esse caminho que já é uma realidade para quem adere ao mercado de capitais”, explicou.
De acordo com o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), ampliar as possibilidades do Fiagro é um anseio do mercado e de quem acredita no setor agropecuário brasileiro. “Os fundos de investimento foram criados para trazer benefícios e ainda mais credibilidade ao segmento que mais dá retorno ao Brasil. Só temos a crescer com o Fiagro devidamente alinhado”, disse o vice-presidente da FPA no Senado.
Desde a criação do Fiagro já foram estruturados quase uma centena de fundos, e o patrimônio total se aproxima de R$ 20 bilhões. A edição da regra definitiva está entre as prioridades da CVM para 2024.