Com a adesão de aproximadamente 200 parlamentares, a Frente Parlamentar Invasão Zero foi lançada, nesta terça-feira (24), na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília. A ideia é que, mesmo com o término da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as invasões de terras no país, o colegiado siga com o trabalho em prol do direito de propriedade e a garantia da pacificação no campo e na cidade.
O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion, responsável pelas Relações Institucionais da Invasão Zero, destacou que a sede da bancada do agro se tornou um centro de resistência, diante de um Poder Executivo que ataca o setor agropecuário brasileiro.
“A balança comercial só é positiva por conta do empenho dos nossos produtores rurais. O agro emprega mais de 30 milhões de pessoas e mesmo assim somos atingidos em diversas questões. Somos atrapalhados diariamente, mas temos capacidade para fazer enfrentamento”, disse.
Em relação às invasões de terras e a nova Frente Parlamentar, Lupion lembrou que durante a CPI as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outros grupos cessaram. Mas retornaram com ataques por todo o Brasil.
“Essa CPI deixa um legado de coragem, de mostrar a realidade desses movimentos criminosos. Eles nunca se interessaram por terra e nem reforma agrária. Hoje começamos a delegar um braço da FPA para um tema específico e ficarmos vigilantes para que o ataque ao direito de propriedade acabe”, explicou.
Jair Bolsonaro parabenizou a instalação da Frente Parlamentar Invasão Zero e reforçou que é necessário coibir os avanços das invasões em todo o país. Ele recordou da importância do agro brasileiro para a economia do país e a segurança alimentar de todo o mundo.
“O setor produtivo alimenta mais de 1 bilhão de pessoas mundo afora, não podemos ficar reféns de grupos que tentam atravessar de maneira criminosa o sucesso do agro, mas especialmente, de todo o Brasil’.
A senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, declarou que as invasões trazem desânimo aos produtores e significam o retrocesso. Tereza parabenizou a coragem dos integrantes da CPI e explicou que o país possui terras para serem entregues.
“Temos que fiscalizar e defender a propriedade privada. O Brasil tem terra e nós precisamos dar segurança para os produtores seguirem colocando o país no protagonismo do agro mundial”, concluiu”.
Dobradinha da CPI também na Invasão Zero
O presidente do novo bloco parlamentar, deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), que presidiu a CPI das invasões de terras, entregou o “Pacote Invasão Zero”, que contém Projetos de Lei que visam diminuir essas ações. Ele afirma que não cabe a nenhum movimento decidir se a terra é produtiva ou tem função social.
“Não podemos mais esconder esse exército eleitoreiro que é o MST. Precisamos de paz no campo e segurança jurídica. Seremos intransigentes contra qualquer invasão e começa hoje o trabalho em equipe do nosso projeto e não permitiremos que as propriedades sejam invadidas”, finalizou Zucco.
Segundo o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), vice-presidente do novo colegiado, que relatou a CPI na Câmara, a invasão de terra se estende por outros temas, como cultura, meio ambiente e até no Poder Judiciário. Ele afirma que a CPI pode mostrar a face criminosa de movimentos contra a população mais necessitada.
“Em áreas dominadas pelo MST, eles cometem diversos tipos de crime. Roubam, matam, manipulam. A CPI serviu para escancarar a bandidagem dos movimentos que dizem lutar por terra”.