Ao avaliar a situação crítica da pecuária brasileira e as medidas para reverter o atual cenário, o deputado César Halum (PRB-TO), vice-presidente da Região Norte na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destaca que entre as prováveis saídas estão a mudança na legislação, linhas de crédito específicas ao produtor e aperfeiçoamento do Marco Legal de Defesa Sanitária Animal.
Alguns desses pontos, segundo ele, serão debatidos na CPI da JBS, que é articulada em Brasília. “No Congresso Nacional já estamos articulando uma CPI que, entre outros assuntos, irá debater alternativas ao setor pecuário brasileiro, cuidando sempre para que os direitos, renda e estabilidade do mercado de pecuária não sejam afetados pela crise”, afirmou o parlamentar. “Além disso, devemos discutir com o Poder Executivo novas e específicas linhas de crédito que ajudem o setor a se restabelecer para continuar tendo protagonismo no cenário internacional”, completou.
Médico veterinário e suplente na Comissão de Agricultura da Câmara, César Halum falou sobre a necessidade de atualização das leis do setor. “Outro assunto que está em voga é a mudança legislativa para aperfeiçoar o Marco Legal de Defesa Sanitária Animal, trazendo menores custos aos agricultores, com modernização e adequação de parâmetros internacionais. Nossa lei é ultrapassada e vamos lutar por sua modernização”, afirmou.
Exportações
Halum destacou ainda que, como vice-presidente e coordenador da região Norte na FPA, atua para abrir caminho para exportações de produtos tocantinenses ao mercado árabe. “Tenho atuado para promover o crescimento de novas exportações para os países árabes por meio do comércio de produtos Halal (fabricados, processados ou manejados de acordo com leis e cultura muçulmana), utilizando do fato de ser o presidente do Grupo Parlamentar Brasil – Países Árabes”, afirmou.
O parlamentar ressaltou que o mercado de carnes se encontra desfigurado em muitas praças do país em razão de um futuro político-econômico incerto. “Enquanto os produtores estão sofrendo com a queda da cotação da arroba, os preços no varejo dos principais cortes bovinos estão sendo retomados ou simplesmente não foram alterados”, disse.
Para Halum, o consumo mundial de proteína animal vem aumentando ano a ano, o que demonstra que os pecuaristas, nesse cenário de incertezas, devem procurar reduzir sua exposição aos riscos, “seja vendendo à vista, seja procurando alternativas de venda em outros frigoríficos com preços mais vantajosos. Uma alternativa é se resguardar no mercado futuro e de opções, garantindo um preço mínimo por arroba, e reduzindo o risco inerente da atividade”, finalizou.
Fonte: Norte Agropecuário