Membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) participaram do lançamento do Plano Safra 2020/21, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), nesta quarta-feira (17), no Palácio do Planalto. O governo vai destinar R$ 236,3 bilhões para o financiamento da safra 2020/2021, além de R$ 1,3 bilhão em subvenção ao seguro rural e R$ 2,37 bilhão em apoio à comercialização de produtos. O presidente da FPA, Alceu Moreira (MDB-RS) explica que, dada a construção desse processo no meio de uma pandemia, conseguir aumentar o volume de recursos e reduzir juros é certamente uma grande conquista para o produtor rural.
Moreira destacou ainda a importância do agro brasileiro no país. “O trabalho não para, a modernização que está havendo no mundo de hoje chegou no agro e com isso nós temos de ter conectividade, legislação ambiental, novas moléculas e parar de criminalizar o agro para ele poder ser mais competitivo.”
O volume é 6,1% maior que no Plano Safra 2019/20, ou seja, R$ 13,56 bilhões a mais. Dos R$ 236,3 bilhões para o crédito rural, R$ R$ 179,38 bilhões serão voltados ao custeio, comercialização e industrialização, e R$ R$ 1,3 bilhão investimento no seguro rural.
Para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nesse momento desafiador pelo qual ainda passa o Brasil e o mundo, se torna mais importante garantir a nossa próxima colheita para que continuemos a bater recordes de produção de alimentos. “Acredito que agora nós brasileiros saberemos valorizar mais quem está no campo e faz chegar a nossa mesa comida farta e de qualidade. A agropecuária é uma atividade nobre. O incentivo à produção sustentável tem destaque neste Plano Safra que hoje lançamos, que vem com mais recursos e melhores condições de financiamento e juros mais baixos que era o grande anseio da classe produtora.”
O deputado Pedro Lupion (DEM-PR) destaca a importância do Plano Safra para a segurança no campo. “É um dia importante para a nossa agropecuária. Apesar de todas as dificuldades e do enfrentamento à Covid-19, o Ministério da Agricultura tem se mantido firme no propósito de auxiliar, estender a mão e ajudar o desenvolvimento de nossa agropecuária, que é exemplo de produção no mundo e tem colocado nosso país no trilho do crescimento”.
Agricultura familiar – A atividade foi contemplada com R$ 19,4 bilhões para custeio e R$ 13,6 bilhões para investimentos que permite ao produtor transformar e melhorar a sua propriedade no seu sistema de produção. Além do PRONAMP – médios produtores – com R$ 33,2 bilhões para investimentos. As taxas de juros variam de 2,75% na aquisição de alimentos até os juros de 7,5% para o Moderfrota na aquisição de maquinas e equipamentos agrícolas.
O deputado Zé Mário (DEM-GO) ressaltou que o agro não mudou com a pandemia. “O agro continuou sendo o alicerce da economia no Brasil. O setor agropecuário tomou para si a responsabilidade de garantir a segurança alimentar da população brasileira e do mundo. Revelou-se mais uma vez o pilar da reconstrução do nosso país. O avanço dos seguros rurais é essencial para atração de fontes alternativas e financiamento para o setor do mercado privado, para o planejamento do produtor rural e garantia de renda”, disse.
O deputado Zé Silva (SD-MG) ressaltou a importância de oportunidades para a agricultura familiar. “O aumento de 30% dos recursos para o seguro rural vai atender aproximadamente 300 mil produtores e dá mais segurança ao campo. A redução das taxas de juros da agricultura familiar, do médio e do grande produtor são uma conquista histórica para o agro brasileiro.”
Alguns destaques do Plano Safra passam pelo apoio a inovação tecnológica com financiamentos na conectividade rural, produção de Bioinsumos; irrigação com investimentos para a aquisição de equipamentos de monitoramento; apoio ao setor pesqueiro e aquícola e sustentabilidade.
As usinas, os produtores de canas e de algodão também terão acesso a recursos do Plano Safra para poder formar estoques, nesse período de pandemia.
Para Zé Vitor (PL-MG), o anúncio é um grande momento para a agricultura brasileira. “Ano a ano a gente avança em produção e importância econômica para o país, isso significa que a gente leva renda para toda população e garante ali o desenvolvimento dos pequenos municípios com juros mais acessíveis, próximo da realidade, e que pode ser praticado pelo produtor rural. É um reconhecimento da importância da necessidade do agro para o país, cada vez mais eficiente, moderno e sustentável.”
“Estamos felizes porque alcançamos mais recursos, um valor melhor de taxas. A ministra se desdobrou para desenvolver o que havia de melhor para nossa agricultura. Temos aí o seguro agrícola que já vem beneficiando o pessoal do Rio Grande do Sul que sofreu tanto com a estiagem esse ano e teremos novos benefícios pela frente. O agro é a sustentabilidade do nosso país e está estabilizando a economia do nosso país”, comemorou a deputada Aline Sleutjes (PSL-PR).