A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) elegeu, nesta terça-feira (26), em votação simbólica, a composição da nova diretoria do colegiado para 2020. De acordo com o deputado Sérgio Souza (MDB-PR), a ideia é de retomar o estatuto como sempre foi. “Nós tomamos a decisão de retomar como sempre foi, com exceção do Nilson Leitão e Tereza Cristina. Então, estamos reestabelecendo o mandato de dois anos”, explicou.
O presidente da FPA, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), que foi reconduzido para mais um ano e permanece na presidência até o final de 2020, agradeceu pela confiança. “É um desafio enorme trabalhar a pauta de um setor que sofre com preconceitos. Nossa meta é melhorar a imagem do Agro no Brasil e no mundo para agregar valor ao nosso produto e garantir mais emprego e renda, com alimento de qualidade e barato para a população”, destacou.
O deputado Zé Mário (DEM-GO), agradeceu os avanços alcançados e ressaltou os desafios para o próximo ano. “Tivemos um ano de aprendizado e com muitas renovações. Vamos conquistar mais espaço e teremos um ano esperançoso e otimista em 2020”, disse. Já o deputado Zé Silva (SD-MG), concordou com o colega e ressaltou que as lições foram aprendidas. “O mandato do deputado Alceu é bastante consistente nas bases da nossa agricultura brasileira. Este ano foi momento de muito aprendizado, momento de transição de governo, mas as lições foram aprendidas”, ressaltou.
Estratégia de promoção dos produtos agropecuários – O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Sérgio Ricardo Segovia Barbosa, para discutir estratégia de promoção dos produtos agropecuários no exterior. “Apex é uma ferramenta de fundamental importância. Faremos um grande trabalho para aumentar o portifólio de produtos e trabalhar a imagem do setor lá fora”, destacou o presidente da FPA.
De acordo com Moreira, hoje são trabalhados 10 a 12 produtos para exportação. “Eles correspondem a mais de 80%, no entanto nós produzimos muito mais produtos em cadeias curtas ou cadeias menores, mas não tem organização suficiente para atingir o mercado internacional. ” O parlamentar destacou ainda que será realizada reunião com a Apex e com setores interessados.
Segovia ressaltou as frentes de ação trabalhadas para manter o agronegócio como um pilar estratégico de atuação, sendo uma delas o Programa de Imagem e Acesso a Mercados do Agronegócio (PAM Agro). De acordo com ele, o Programa foi estruturado há pouco mais de dois anos, em resposta à necessidade de comunicarmos melhor, mais tempestivamente e de forma estruturada os atributos do Agro. A ideia é criar um circuito internacional de melhoria da imagem do setor que, segundo ele, tanto oferece ao nosso país e tanto sofre com os erros de comunicação e percepção. “O programa congrega estratégias, com visão a longo prazo, a fim de reposicionar o diálogo internacional acerca da nossa produção, com destaque para a sua sustentabilidade”, disse.
O deputado Luiz Nishimori (PL-PR), comentou que já conhecia o trabalho da agência e destacou a importância de um trabalho conjunto para melhorar a imagem do setor. “O deputado Alceu viajou para vários países e viu a necessidade de divulgar o nosso produto agrícola que ainda não é bem divulgado. Somos um dos líderes mundiais do agro, estamos a disposição e vamos trabalhar juntos para divulgar o nosso produto.”
De acordo com o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), o desafio maior agora é com o acordo União Europeia e Mercosul. “Temos que nos preparar para isso, para que o que pode ser bom não se transforme em algo negativo.” O parlamentar ressaltou ainda que é preciso uma política para que o Brasil não seja só exportador de commodities. “O Brasil é capaz de mais, precisamos planejar e diversificar um pouco. Além de apoiar quem já está pronto para exportar, precisamos incentivar que a gente desenvolva linhas de exportação”, finalizou.
Pacote econômico – Também presente à reunião, o secretário especial adjunto do Ministério da Economia, Esteves Colnago, falou sobre o pacote de medidas econômicas enviadas pelo governo. De acordo com ele, o pacote federativo traz medidas de flexibilização do orçamento e da instrumentos para que os governadores, prefeitos e o Presidente da República, em caso de uma fragilidade fiscal, possam adotar medidas de redução de despesas obrigatórias como redução de contratação e concursos públicos, por exemplo. “Essa medida não tem impacto sobre o Agro. O que tem é uma possibilidade de eliminar uma insegurança jurídica que existe na discussão da Lei Kandir da União com os Estados e municípios.”
Segundo o deputado Alceu Moreira, tem muita gente com cobiça de tributar exportações agropecuárias. “Quando se tem um ajuste fiscal o mais fácil é aumentar tributação. Posso dizer aos navegantes, não passará na Câmara dos Deputados nenhum centavo de aumento de tributo no Agro. O que a gente precisa, na verdade, é garantir aos produtores um crédito descente. No agro brasileiro o produtor tem que produzir mais, melhor e com menor custo porque se ele não fizer, outro vai fazer.”
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