Aprovado por votação simbólica o relatório da senadora Simone Tebet (MDB-MS) na Comissão Mista que analisa a MP 803/2017 e institui o Programa de Regularização Tributária Rural. No texto aprovado, o prazo de adesão ao programa foi alterado para o dia 30 de abril deste ano.
A relatora defendeu que o Senado atue para solucionar o problema que tem deixado toda a cadeia produtiva insegura com as políticas governamentais apontadas como solução. “Passamos por recesso, período de carnaval e greve de 50% do efetivo da Receita Federal, o que impediu o atendimento de milhares de produtores”, destacou durante a leitura do texto.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) trabalha para atender demanda do setor produtivo rural que reclama da falta de estrutura da Receita Federal para regularização da dívida dentro do prazo, 28 de abril de 2018, fixado pela Lei 13.606/2018.
A deputada Tereza Cristina (DEM-MS), presidente da FPA, reiterou a importância da prorrogação do prazo e de se discutir a questão dos vetos à Lei 13,606/2018 que, segunda ela, impactam na decisão do produtor de aderir ou não ao programa. “Precisamos garantir segurança jurídica em todo este processo. Todos querem regularizar sua situação com a Receita, mas com garantia da melhor opção”, defendeu a parlamentar.
A MP 803/2017 foi editada em setembro de 2017 também ampliar o prazo de adesão instituído pela MP 793/2017, que previa a data de 29 de setembro do mesmo ano. A medida (793/17) não foi analisada dentro do prazo e perdeu a validade, quando foi substituída pelo projeto de lei dos deputados Nilson Leitão e Zé Silva, sancionado com vetos parciais em janeiro.
O líder do PSDB, deputado Nilson Leitão (PSDB –MT) defendeu a derrubada dos vetos que retiram os descontos de 100% às multas e juros às dívidas do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). “Minha maior preocupação é que da forma que está a lei hoje não haverá adesão. No caso da pecuária, quase 80% são adquirentes e quando se onera o pagamento da dívida, inviabiliza um setor que já está muito prejudicado. Precisamos lembrar que o Funrural não estava no radar orçamentário do governo e, portanto, não existe na conta do governo há mais de 15 anos, aguardando a decisão do Supremo”, destacou.
O deputado Sérgio Souza (MDB-PR) também criticou governo pelos vetos. “Estamos nesta situação porque o produtor não sente segurança em aderir com a eminência da derrubada dos vetos que garantem redução das multas. E se não resolver agora, voltaremos aqui mais uma vez para garantir que o produtor rural tenha seu direito garantido”, disse.
A Medida Provisória precisa de maioria simples para ser aprovada no plenário da Câmara. Na sequência vai para o Senado e sanção presidencial. A aprovação desta medida também prorroga a análise dos vetos pelo Congresso por 60 dias e permite que as negociações com o governo possam avançar.
“A questão está tão confusa que nem a Receita sabe como vai fazer a adesão dos agricultores que estão querendo entrar no processo. O prazo tem que ser estendido para que o governo encontre uma maneira de orientar os agricultores e, especialmente, para que haja tempo de derrubar os vetos que prejudicaram a proposta original”, reforçou o deputado Valdir Colatto (MDB-SC).
FPA mais uma vez errou feio;em vez de apoiar a Resolução do Senado q eliminava o Funrural Retroativo,insistem no Refis e aproveitamento dos créditos podres,se conseguirem derrubar o veto do Presidente Temer a esta excrescência!