O deputado Evair de Melo (PV-ES) oficializou ao relator-geral do Orçamento 2017, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), a inclusão de R$ 10 milhões na Lei de Orçamento Anual (LOA) para contratação do Projeto de Mapeamento e Georreferenciamento do Parque Cafeeiro do Brasil. Maior produtor e maior exportador de café do mundo, o trabalho vai permitir diagnosticar e conhecer o tamanho real da cafeicultura do Brasil.
“Esse trabalho é fundamental para termos uma radiografia completa da produção cafeeira do país e de cada Estado. Somos o maior produtor de café do mundo e ainda não temos ferramentas que nos apresentem dados e estatísticas reais de nosso setor. Com os recursos pleiteados poderemos contratar o projeto e definitivamente nos modernizarmos”, destaca o deputado Evair de Melo, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Ao conhecer a realidade do parque cafeeino nacional, será possível minimizar quase a zero as especulações, principalmente quando à produção e estoques. O apoio de Evair de Melo refere-se a uma demanda antiga do setor e ratificada por meio de entidades como Conselho Nacional do Café (CNC), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) e do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), além de outros órgãos ligados à cadeia produtiva. A decisão oficial do deputado Evair de Melo também foi oficializada ao Relator Setorial do Orçamento 2017, deputado Adelmo Leão (PT-MG).
“Nosso Espírito Santo, antes desse seca severa, era responsável por cerca de 10% da produção mundial e isso é muita coisa. Se esse trabalho já existisse, hoje não iríamos estar sem saber a realidade da produção de café e a quantidade armazenada e isso impediria esse movimento descabido de importar café verde”, completa o parlamentar capixaba.
O georreferenciamento é apontado como a solução para aprimorar as estatísticas oficiais brasileiras referentes à cultura do café, com mapeamento do cinturão produtor com base em imagens; levantamento dos pontos de dúvida e validação do mapa em campo; caracterização do parque cafeeiro com relação à área, altitude, à declividade e à face de exposição; validação estatística do mapeamento e diversos itens que criarão e disponibilizarão um banco de dados com base estatística real do setor cafeeiro.