Um estudo realizado pelo Instituto Grantham de Pesquisa em Mudanças Climáticas e Meio Ambiente, da London School of Economics (LSE), apontou o novo Código Florestal brasileiro como uma das principais leis criadas em 2012 que combatem as mudanças climáticas. Foram 33 países avaliados, sendo que 18 apresentaram avanços na legislação ligada ao tema em 2012; 14 não tiveram mudanças significativas; e um, o Canadá, apresentou retrocesso ao não aprovar a extensão do Protocolo de Quioto.
O Instituto Grantham é comandado pelo economista Nicholas Stern, ex-consultor do governo britânico e principal autor do Relatório Stern, a maior e mais reconhecida análise sobre os impactos do clima sobre a economia, publicado pelo governo do Reino Unido em 2006.
O Estudo de Legislação Climática é realizado anualmente pelo Grantham para a Globe International, uma organização de legisladores de países desenvolvidos preocupados com o clima, com sede em Londres.
Logo na sua introdução, o estudo destaca que o novo Código Florestal brasileiro, “após muito debate político, determina, entre outras coisas, que proprietários de terras na Amazônia mantenham 80% da floresta nativa preservada”. No capítulo sobre as legislações brasileiras, o documento ressalta que essa medida é importante para garantir que o Brasil cumpra suas metas voluntárias de redução de desmatamento e, consequentemente, de redução da emissão de gases causadores do efeito estufa. O Brasil se comprometeu voluntariamente a reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia até 2020, em relação aos índices de 2005.
O relatório ressalta que os maiores avanços em 2012 vieram dos países em desenvolvimento. ”O progresso limitado nos países desenvolvidos contrasta com o progresso feito em vários países em desenvolvimento em 2012″, diz o estudo. Os países que mais avançaram, na visão dos autores, foram Bangladesh, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Quênia, Índia, Indonésia, México, Paquistão, Coreia do Sul e Vietnã. Já China e África do Sul, por exemplo, fizeram avanços mais moderados.