O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, comentou a posse dos novos ministros do governo Dilma, ocorrida hoje (17/03), em Brasília. O foco da análise dele foi a chegada dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, e do Desenvolvimento Agrário (MDA), Miguel Rosseto. O leitor poderá conferir a opinião de Márcio Freitas na coluna “Entrevista da Semana”, que estreia nesta segunda, no Informativo do Sistema OCB. A ideia da coluna é veicular o posicionamento de especialistas sobre pontos importantes da atualidade, que tenham interface com o cooperativismo nacional.
Como o senhor avalia a indicação de Neri Geller para o Mapa?
Márcio Lopes de Freitas (MLF) – “A escolha do nome de Neri foi excelente. Ele conhece o Brasil agrícola, a agropecuária e suas necessidades. Ele está acostumado com o assunto e tem o respeito e a admiração dos cooperativistas. Desejamos a ele muito sucesso e eficácia nos processos, para que a agricultura brasileira continue sendo o pilar da nossa economia”.
Qual deve ser o maior desafio para o novo ministro?
MLF – “Ele foi indicado às vésperas de uma eleição, o que o impossibilita de participar da disputa. Isso é prova suficiente de que o novo ministro tem consciência da importância da agropecuária para a economia nacional. Por isso, acredito que o maior desafio dele será tratar o setor com a estratégia que merece. A agropecuária é praticamente de segurança nacional, pois é capaz de equilibrar a balança comercial e desenvolver a economia brasileira. Ela não pode ser pensada politicamente”.
E sobre a indicação de Miguel Rosseto para o MDA, o que o senhor nos diz?
MLF – “Sou da opinião de que a agropecuária brasileira é uma só, sendo composta por pequenos, médios e grandes produtores. Miguel Rosseto conhece esse setor muito bem e certamente poderá fazer uma boa gestão, dando continuidade ao desenvolvimento das ações e programas”.
Qual sua expectativa a respeito da gestão do novo ministro do Desenvolvimento Agrário?
MLF – “Por sua grande experiência, acredito que ele trabalhará com algo que é fundamental no âmbito do MDA: as ações que envolvam o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Hoje, essa talvez seja a área onde se tenha a melhor estratégia de política agrícola de médio e longo prazos, dentro da linha da agricultura familiar. Ao passo que o Plano Agrícola e Pecuário é pensado para um prazo mais curto de implementação, com o objetivo de rodar a safra”.
Ascom OCB 17/03/2014