O Brasil é um dos mais importantes produtores de carne bovina em todo o planeta, esse é o resultado de várias décadas de avanços tecnológicos para melhorar a produção do setor agropecuário. Atualmente a carne bovina é exportada para mais de 150 países em todo o mundo. Em 2021 o rebanho brasileiro ficou estimado em 196,47 milhões de cabeças, com um abate de 39,14 milhões de cabeças.
Fonte de Ferro, Zinco, Potássio, Fósforo e Selênio, a carne bovina ajuda na saúde do órgão mais vital para o ser humano, o coração. Além disso, a carne vermelha faz bem ao sistema nervoso. E a carne bovina brasileira é referência em todo o mundo.
Este reconhecimento é visto nos dados de exportação do produto. O volume de carne produzida em 2021 foi de 9,71 milhões de toneladas (TEC). Desse total, 25,51% ou 2,48 milhões foram exportadas. A venda de carne bovina para o comércio exterior já representa 3% das exportações brasileiras.
As variedades de cortes de carne bovina são consumidas em praticamente todo o mundo. O produto é rico em proteína e outros nutrientes como vitaminas do complexo B e sais minerais. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), em 2021 os embarques brasileiros de carne bovina atingiram US$ 9,2 bilhões, alta de 8,4% em relação a 2020.
Se considerarmos apenas a carne in natura, aquela sem processamento, que corresponde a mais de 80% do volume exportado em 2021, os valores negociados registraram recorde de U$ 5.170 por tonelada, um aumento de 18,2% em relação a 2020.
Ainda, segundo a ABIEC, os principais destinos da carne bovina brasileira exportada no ano passado, em volume de toneladas, foram: China (723.656), Hong Kong (219.933), e os Estados Unidos (138.783).
Dados mais recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam um crescimento no acumulado das três semanas de setembro deste ano. Os frigoríficos brasileiros exportaram 114,06 mil toneladas de carne bovina in natura. O resultado representa avanço de 18% frente à média de agosto deste ano (8,8 mil toneladas) e acréscimo de 16,5% sobre a média de setembro do ano passado.
Carne sustentável
Desde a década de 1990, a tecnologia permitiu que a produtividade de carne bovina crescesse em 159%, segundo dados da Abiec. Caso o setor tivesse mantido os padrões produtivos de 30 anos atrás, sem investimentos em tecnologias e em outras frentes, seriam necessários mais 280,2 milhões de hectares de pastagem para atingir tamanho crescimento.
No entanto, esses investimentos permitiram à pecuária brasileira não só aumentar a produtividade sem utilização de novas áreas, mas reduzir em 13,6% a área total ocupada com pasto, que passou de 191,3 milhões de hectares em 1990 para 165,2 milhões de hectares.
Essas áreas que deixaram de ser utilizadas como pastagens foram destinadas para outras frentes, como a produção agrícola, o reflorestamento e o desenvolvimento social.
Geração de Emprego
Com a exportação em alta e a economia de venda do produto aquecida, a geração de emprego e renda também é um ponto de destaque do setor produtivo ligado à produção de carne bovina no Brasil.
Como o setor precisa de mão de obra intensiva, principalmente na etapa de fabricação e na etapa dos frigoríficos, é estimado que só a área de produção de carne bovina movimente 4,5 milhões de empregos no Brasil e, em 25 anos, suportou uma elevação nos custos quase duas vezes maior do que o aumento nos preços da carne aos consumidores. Ainda, é estimado que cerca de 3,3 milhões de empregos estejam diretamente relacionados à produção, transporte e manipulação de carne bovina até a chegada ao consumidor final.