A Junta Orçamentária Executiva (JEO), do Ministério da Economia, anunciou, nesta sexta-feira (20), a pedido do setor agropecuário a suplementação de R$ 1,2 bi para iniciar o Plano Safra 2022/23, que começa em julho. Originalmente, a previsão era de R$ 818 milhões. Houve, por tanto, segundo o secretário do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, aumento de 50%.
Além disso, o Governo Federal destinou R$ 1,1 bilhão para reabertura do Plano Safra atual (2021/22). No início deste mês de maio, foi sancionado o PLN 1/2022, que destinou R$ 868,5 milhões a mais para equalização de juros no crédito rural. A verba anunciada servirá para complementar o investimento desta safra, que se encerra em junho.
Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado federal Sérgio Souza (MBD-PR), destacou que depois de muito diálogo do setor com o governo federal foi possível a inserção de uma suplementação que, desta forma, abrirá possibilidades de investimentos para agricultores em todo o país.
“Houve um aumento da taxa de juros com a intenção de controlar a inflação, e isso fez com que o Plano Safra consumisse mais rapidamente os recursos, que foram endereçados, exatamente, para a equalização de juros”, explicou o parlamentar.
Na terça-feira, parlamentares da FPA e técnicos do Ministério da Agricultura estiveram com o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, para ressaltar a importância do Plano Safra para a cadeia produtiva no Brasil. “Nós sabemos que o agro é o maior setor da economia brasileira, e isso só é possível porque temos programas fortes. Sem o Plano Safra a possibilidade de crédito ficaria inviabilizada e não seria possível produzir com segurança nesse país,” destacou Sérgio Souza.
Para a deputada Tereza Cristina (PP-MS), esta é uma vitória de toda a bancada que lutou pela aprovação e tem trabalhado de forma contínua para o sucesso do agro brasileiro e do desenvolvimento do país.
“Trazer a notícia de que a redação final já está pronta no Ministério da Economia e a Lei às vias de ser sancionada nos traz a certeza de que mais um árduo trabalho foi concluído. Nossa intenção é fortalecer ainda mais quem trabalha pelo agro. E quem trabalha pelo setor, trabalha pelo bem do Brasil”, concluiu a ex-ministra da Agricultura.
“Mesmo que a agricultura sustente o PIB brasileiro, o setor ainda luta por um espaço digno do seu resultado no Orçamento,” disse o ex-presidente da FPA, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS).
´Recursos
O ministro da Agricultura, Marcos Montes, reforçou que a suplementação é de grande utilidade para o Plano Safra 2021/2022 “e com indicativos muito fortes para que tenhamos também um Plano Safra 2022/2023 muito robusto”, disse.
Os recursos irão atender programas do Ministério da Agricultura, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e operações de custeio agropecuário, de comercialização de produtos agropecuários e de investimento rural e agroindustrial.