A vacinação contra a covid-19 entrou em ritmo acelerado nos últimos dois meses, entretanto, o estado de atenção segue ativado em todo o país. Da mesma forma, as doações para o movimento Agro Fraterno continuam a crescer ao longo das semanas e se expandindo em todo território nacional. A iniciativa é liderada pelo Sistema CNA/Senar, pela OCB e pelas entidades do Instituto Pensar Agropecuária (IPA).
O coordenador da Comissão de Agricultura Familiar da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Celso Maldaner (MDB-SC), destaca que “a pandemia assolou drasticamente todo o mundo”, e atrapalhou, inclusive, os pequenos agricultores. “Grande parte dessa produção agrícola e pecuária é realizada por pequenos produtores rurais, mas com a covid-19 diversos municípios entraram em estado crítico, gerando grandes prejuízos para a população”, lamentou Celso.
Maldaner enfatiza que, mais do que em outros momentos, “é de suma importância projetos como o Agro Fraterno, que fazem chegar até nossos produtores rurais uma ajuda básica”. Segundo o parlamentar, é dever do Estado auxiliar, mas quando todos se unem tudo fica mais fácil. “Não podemos abandonar nossa gente, sem alimento não há vida. Temos que dar a mão para aqueles que com suas mãos plantam e produzem o que vai para a mesa dos brasileiros”, disse.
No entendimento do coordenador da Comissão de Agricultura Familiar da FPA, a reestruturação deve passar pelo trabalho do parlamento, porém, a visibilidade à iniciativa como do Agro Fraterno fortalece o país. “Já protocolei projeto para amparo aos produtores e agricultores que tiveram perdas na safra e na renda nesse período trágico. Ver que a sociedade e as entidades também estão fazendo esforços com movimentos assim nos deixa animados para uma rápida retomada”, concluiu Maldaner.
Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Batatas (ABBA), Natalino Shimoyama, “a cadeia da batata foi beneficiada em 2020 pelo aumento do consumo deste legume”. Em 2021, entretanto, o diretor executivo da ABBA afirma que ocorreu o contrário e “as pessoas voltaram a consumir fora de casa”, com o advento da vacinação e da reabertura do comércio.
A oscilação do mercado não impediu que as doações ao Agro Fraterno fossem realizadas por parte da Associação. Ao todo, são 53 toneladas de alimentos distribuídos em diversos municípios Brasil afora. “ABBA concorda com o objetivo humanitário do movimento Agro Fraterno e tentará conseguir mais doações. Inclusive, sugeriu a inclusão de doações de alimentos não perecíveis e foi aprovada pela ministra da Agricultura, Teresa Cristina”, destacou Natalino.
O Agro Fraterno segue disponível para receber doações de todos pelo site agrofraterno.com.br. As doações são livres e podem ser feitas com alimentos ou recursos, de acordo com a opção dos doadores.