O membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Zé Vitor (PL-MG), vai representar a Frente Parlamentar da Agropecuária na Conferência Internacional sobre Mudança Climática (COP 25) em Madri, na Espanha, na próxima semana. O evento, que será realizado de 2 a 13 de dezembro, tem o de objetivo de manter o Acordo de Paris assinado por 195 países: debater os parâmetros para reduzir os efeitos do aquecimento global de 2 ºC – temperatura limite – para 1,5 ºC e lidar com suas consequências.
Zé Vitor esteve, nessa última terça-feira (26), na reunião do colegiado na FPA. O deputado destacou a importância de uma agenda de produção consciente e sustentável que coloque o Brasil na linha de frente da defesa ambiental. “Um evento dessa dimensão é importante para mostrar o que o agro brasileiro contribui para a mitigação dos gases de efeito estufa, com projetos, números e ações que validem todo o potencial do nosso setor, ” disse.
O deputado explicou ainda que “a agricultura moderna representa 21,6% do PIB brasileiro e conta com 4,4 milhões de produtores rurais que estão conscientes de que o agro e a preservação ambiental devem caminhar juntos em prol do desenvolvimento sustentável. ”
Durante a COP 25, o Brasil deve ser cobrado pelos dados mais recentes do desmatamento da Amazônia, que indicam um incremento de 30% na devastação da floresta entre agosto de 2018 e julho deste ano, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O dado oficial, medido pelo sistema de satélite Prodes, do governo federal, corresponde a uma área devastada de quase 10 mil km².
Vice-presidente da FPA e da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) lembrou que o Código Florestal prevê a preservação de parte das propriedades rurais em percentuais que variam de 20% a até 80% na Amazônia legal. “Vamos compartilhar nossas experiências com o resto do mundo e isso será muito positivo. Só nós brasileiros temos uma legislação que obriga cada propriedade rural a manter reserva legal e permanente. E temos cerca de 30% de todo o território nacional preservados. No parlamento, já estamos tomando as medidas necessárias para combater o desmatamento ilegal em nosso país”.
Compensações ambientais para o Brasil – o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defenderá na COP 25 que os países mais ricos, que mais emitem gases de efeito estufa, compensem os serviços ambientais prestados por países como o Brasil. Segundo ele, é preciso “fazer valer a promessa dos países ricos para com os países em desenvolvimento, de prover recursos em montante suficiente para que se remunere este trabalho”.
A COP é realizada por países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, sigla em inglês), um tratado internacional com objetivo de lidar com o aquecimento global. A conferência ocorre anualmente e, em 2019, chega à sua 25ª edição, a COP25 .