Dilceu Sperafico*
Se o consumo de carnes e derivados indica a elevação de qualidade de vida e do poder de compra de alimentos da população, o Brasil tem novas razões para fomentar o sonho da construção de um futuro melhor, aproveitando o imenso potencial de desenvolvimento econômico e humano do País.
Isso porque a nação brasileira, além de estar entre as que mais consomem proteína animal do planeta, tem destaque maior ainda na produção desses alimentos, oferecendo produtos de qualidade, diversidade, sustentabilidade e a custos acessíveis para os consumidores nacionais, além de excedentes para as exportações.
Conforme levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris, na França, o consumo de carnes está relacionado diretamente a fatores como padrões de vida, qualidade da dieta, produção agropecuária e preços oferecidos ao consumidor, além do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), de cada país.
Para definir esses índices de desenvolvimento, a entidade divulgou recentemente novos dados sobre o consumo de carne bovina, de aves, de porco e de ovelha, entre a população de países considerados mais desenvolvidos, de diversos continentes.
Conforme o último levantamento, em 2013 a Austrália liderava o consumo de carne per capita, com 92,99 quilos por ano, mas já em 2017, elevou a demanda para 94,6 kg per capita. Ainda assim, os australianos foram alcançados e ultrapassados pelos Estados Unidos, que alcançou consumo de proteína animal de 98,6 quilos per capita por ano.
Entre os norte-americanos, vale ressaltar, a carne mais consumida foi a de aves, com demanda de 48,8 quilos per capita. Dessa forma, os Estados Unidos lideraram o mercado, com a Austrália ficando em segundo lugar e a Argentina na terceira colocação, com o consumo de 88,7 quilos de carne per capita.
O Brasil apareceu na sexta colocação, com consumo de 78,6 quilos per capita e entre os brasileiros a preferência também ficou com a carne de aves, com 39,9 quilos anuais por habitante. Em 2013, o Brasil ocupava a mesma posição, com consumo de 78,1 quilos per capita.
No Brasil, assim como no planeta, o Paraná, o Oeste, Sudoeste e Noroeste do Estado e, especialmente, o município de Toledo, são exemplos dessa relação entre produção e consumo de carne e a qualidade de vida da população urbana e rural.
Toledo, vale recordar, em 2017, pelo sexto ano consecutivo, obteve o primeiro lugar no Valor Bruto da Produção (VBP) do Paraná, com geração de R$ 2.162.263.535,01, conforme dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). No Estado, o VBP de 2017 somou R$ 85,34 bilhões.
No município, a suinocultura contribuiu com R$ 893,8 milhões; a avicultura com R$ 399,6 milhões; a soja com R$ 290 milhões; o milho com R$ 131 milhões; a pecuária leiteira com R$107,7 milhões: e a piscicultura com R$ 36,2 milhões, com grande destaque para a proteína animal.
Com esse desempenho do agronegócio, Toledo também voltou a se destacar no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Tanto que entre 5.471 municípios pesquisados, Toledo ficou na sétima posição nacional e segunda na classificação estadual, em termos de desenvolvimento econômico e humano de cidades do País.
*O autor é deputado federal pelo Paraná licenciado e chefe da Casa Civil do Governo do Estado