Em reunião com o ministro da Agricultura Blairo Maggi, representantes da Associação Nacional dos Produtores de Cebola (Anace) e deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) trataram sobre a inclusão, por tempo determinado, da cebola na Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum (Letec) para que o custo de produção do produto importado se iguale com o do Brasil.
O objetivo, segundo o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), é dar tempo do setor se capitalizar, aumentar a variedade do produto, bem como seu armazenamento e tempo de cultivo. “É uma medida absolutamente correta que respalda o produtor rural brasileiro e garante a sustentabilidade do setor. É a valorização do nosso produto”, afirma Moreira. A vice-presidente da FPA, deputada Tereza Cristina (sem partido-MS), também esteve presente na reunião.
Será realizado ainda, em parceria com a Embrapa, um processo de industrialização da cebola nacional com o intuito de promover o valor agregado do produto. Para o presidente da Anace, Rafael Jorge Corsino, o preço da cebola importada, principalmente vinda da Holanda, está muito mais baixo do que a cebola nacional, o que ocasiona uma concorrência desleal. “A Holanda, responsável por 15% do mercado mundial em produção de cebola, é um país que não paga imposto e que o governo subsidia a agricultura. Não tem como competir, porque 85% da produção da cebola no Brasil vem de pequenos produtores das regiões Sul e Nordeste”, destaca o presidente.