“Moro num país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza (mas que beleza) em fevereiro (em fevereiro) tem carnaval (tem carnaval)”. Este é um verso da música “País Tropical”, de Jorge Ben Jor, que enobrece uma cultura brasileira, assistida por bilhões de pessoas ao redor deste mundo. Uma cultura rica e bonita, que traz muitos turistas para assistir e até participar dos desfiles. Nessas escolas, com milhares de integrantes, nem todos são de boa índole – o que não podemos afirmar que as escolas são um reduto de marginais, estupradores, traficantes e bandidos.
A generalização afeta os bons que presume-se ser a grande maioria. Moisés Santana, Adriano Ganso, Aldir Senna ou Jorge do Finge, com o intuito de homenagear os indígenas, pecaram ao fazer uma letra de samba-enredo criticando os fazendeiros e o agronegócio. Isso mostra o quão incompetente são em buscar conhecimento ao escrever uma letra de música sem pesquisar. Acredito que neste século, nem sequer ligaram a TV ou acessaram a internet para ver como está a economia brasileira, apoiada somente pelo agronegócio.
Esse setor, por sua vez, produz com qualidade invejável, dentro das normas ambientais, duas a três safras por ano, sem garantias governamentais, sofrendo todas as intempéries da natureza e de mercado, inúmeras vezes tendo que pagar caro pra trabalhar, como está a suinocultura, os produtores de batata, tomate entre outros que, no intuito de produzir, perdem seus patrimônios por não conseguirem vender a mercadoria sobre o custo de produção – mas mesmo assim cumprem com todas as suas obrigações financeiras.
Outra falta de conhecimento é dizer que a população indígena está se acabando por causa dos fazendeiros do agronegócio. A população indígena tem hoje mais terras do que o agronegócio. E o que eles produzem? Aqui em Santa Catarina os exemplos que temos de indígenas não são bons, estes não querem mais viver no seu habitat natural com seus próprios recursos, querem viver no mato, mas com celular, internet banda larga, carros 4×4 e tudo isso pago com o dinheiro do contribuinte e do agronegócio.
Esse quarteto de compositores, que querem defender os índios e atacar o agronegócio, precisa saber se vão conseguir sobreviver consumindo ozônio, pois quer sejam vegetarianos ou carnívoros, tudo vem do agronegócio. Portanto, esperamos o bom senso destes que propagam para o mundo a cultura brasileira, que não prejudiquem um setor que mantém este País de pé, pois esta letra e suas fantasias poderão trazer uma realidade muito triste para o agronegócio brasileiro perante o mundo.
O carnaval tem que continuar sendo uma festa bonita e não podemos também só olhar e julgar uma pequena minoria, que vê no carnaval uma oportunidade de turismo sexual, tráfico de drogas e outras delinquências.
Julgar o agronegócio por uma minoria pode ser um caminho sem volta para um País em pleno desenvolvimento, já que o Ministério da Agricultura está empenhado em abrir novos mercados e a imagem descrita pelos sambistas poderá incidir em uma fatalidade no comércio internacional brasileiro. A Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) repudia o enredo da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval 2017.