As secas e geadas ocorridas neste ano têm prejudicado a produção de milho no país. Diante disto, a solução para evitar o desabastecimento tem sido a importação do grão no mercado internacional. Mas com a queda da produção, veio a alta dos preços e a solução para que os criatórios brasileiros não sofram com o desabastecimento vem em forma de decreto do Governo Federal para redução a zero da alíquota de contribuição do PIS e Cofins para importação de milho – informação antecipada pelo vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Evair de Melo (PP-ES), após reunião com a equipe do Ministério da Economia, nesta quinta-feira (16).
A sinalização de que o setor de produção de proteína animal sofreria com a falta de milho foi feita pelo próprio deputado Evair de Mello, ainda no mês de agosto. Segundo o parlamentar, “muitas regiões do Brasil sofreram com as intempéries climáticas, o que tem gerado desequilíbrio na produção”.
O deputado explica que com a redução da alíquota sobre a importação do grão, “o setor agropecuário poderá seguir produzindo e o país poderá continuar trabalhando, sem a escassez de milho e consequentemente sem o desabastecimento de proteína animal”.
Matéria-prima principal de vários pratos da culinária típica brasileira como canjica, cuscuz, polenta, angu, mingaus, pamonhas, cremes, entre outros como bolos e pipoca, o milho é um alimento com alto potencial energético devido ao seu importante teor de amido. Além disso, o grão é utilizado na alimentação animal, principalmente na avicultura e suinocultura, sendo também consumido pela indústria para diversos fins.
Seu uso industrial não se restringe a alimentos, o milho é largamente utilizado na produção de elementos espessantes e colantes, na produção de óleos, papel, remédios, roupas, tintas, aplicado em mais de 150 diferentes produtos.