Dilceu Sperafico*
Um dos maiores potenciais de expansão do agronegócio e da própria economia brasileira está na proteína animal, pois agrega valores à agricultura, gera empregos, renda, tributos e novas oportunidades de negócios dentro do território nacional e tem ampla e vantajosa demanda no mercado internacional de alimentos.
Além disso, para a nossa satisfação e ainda maior motivação dos criadores e agroindustriais, a pecuária brasileira é considerada atividade sustentável, pois ao mesmo tempo em que amplia a produção, consegue reduzir emissão de gases poluentes.
Graças a um conjunto de fatores positivos, o Brasil jê é o maior produtor e exportador de carne de frango do mundo, detém a segunda maior produção e exportação de carne bovina e está entre os maiores produtores e exportadores de carne suína.
A produção brasileira de carne bovina é de cerca de 9,5 milhões de toneladas/ano, e o País está entre os maiores fornecedores de leite, com mais de 35 bilhões de litros/ano.
Para aumentar ainda mais a contribuição do País com a oferta global de alimentos de origem animal, especialistas defendem a necessidade de avanços na genética, adoção de maiores cuidados sanitários e melhoria da nutrição animal.
Conforme a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), o próprio mercado internacional de alimentos reconhece que a sustentabilidade é uma característica marcante da agropecuária do País.
Prova disso é que, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), nada menos do que 62% do território brasileiro permanecem intocados e são cobertos por florestas e vegetações nativas.
Com isso, o Brasil é a única nação do planeta com tamanho percentual de área preservada ou inexplorada, que equivale a todo o território dos Estados Unidos.
Além disso, o Brasil possui 15% dos reservatórios mundiais de água e utiliza apenas 12% do volume consumido pelos Estados Unidos e China juntos, o que comprova, de forma incontestável, a sustentabilidade do agronegócio nacional.
Outra característica da pecuária brasileira que demonstra o respeito ao meio ambiente, é que nos últimos 40 anos nada menos do que 525 mil hectares de terras deixaram de ser cultivados com pastagens ou grãos graças ao aumento da produtividade das criações.
Esta área preservada equivale ao território da Europa, o que demonstra a sua extensão e contribuição para a preservação dos recursos naturais.
Para ampliar ainda mais a sustentabilidade da agropecuária nacional, outro dado importante é a redução em 50% da emissão de metano neste mesmo período, pois o aumento da produtividade derruba nas mesmas proporções os prejuízos ao meio ambiente.
São diversas e importantes informações sobre o agronegócio nacional, que nos orgulham muito e nos motivam a defender cada vez mais o segmento, pois suas contribuições para o desenvolvimento econômico dos municípios, dos Estados e do País e o bem estar da população rural e urbana, são cada vez maiores, mais evidentes e reconhecidas por instituições especializadas.
Para nós, que vivemos nos municípios e igualmente apoiamos o municipalismo, tais dados não representam nenhuma novidade ou surpresa, pois estamos conscientes da dependência cada vez maior das cidades do desempenho do agronegócio, em todos os seus segmentos e atividades, da grande agroindústria ao pequeno agricultor familiar, que cultiva e comercializa hortaliças.
*O autor é deputado federal pelo Paraná