A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) debateu, nesta terça-feira (20), os impactos do foco de influenza aviária H5N1 identificado recentemente no Rio Grande do Sul. O colegiado recebeu o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Marcelo Osório, que detalhou o caso e os possíveis reflexos no setor.
O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), destacou que o Brasil cumpriu todos os protocolos necessários para reduzir os impactos sobre a cadeia produtiva. Segundo ele, a rápida resposta foi resultado da articulação entre o Parlamento, os estados e a defesa agropecuária.
“A FPA, a defesa agropecuária e os estados atuaram juntos para mitigar os impactos no setor. Existe um reconhecimento mundial em torno disso, diante da eficiência com que agimos para solucionar a questão. Agimos rápido, com a qualidade que se espera do agro brasileiro”, afirmou.
O deputado Domingos Sávio (PL-MG), coordenador de Defesa Agropecuária da FPA, reforçou que o setor demonstrou estar preparado para situações adversas. “Todos trabalhamos juntos e isso facilitou o processo. Quando há um norte, um único objetivo, as coisas saem do jeito que todos imaginam. Parabéns a todos que fazem a defesa sanitária do nosso país ser tão reconhecida mundo afora. Eles são um orgulho”, disse.
Os deputados Alceu Moreira (MDB-RS), coordenador institucional da FPA, e Afonso Hamm (PP-RS), coordenador da Comissão Trabalhista da bancada, enfatizaram a união entre parlamentares, produtores e governo para um desfecho positivo no enfrentamento da crise.
“Essa é uma lição para mostrar que os ministérios não precisam ter políticas específicas, mas a federação tem que acontecer por inteiro. Somos um corpo só, cada um fazendo o controle sanitário em sua parte, e o resultado é transparente e positivo”, afirmou Alceu Moreira.
Ministro agradece apoio da FPA
Presente na reunião, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, elogiou o trabalho do setor agropecuário e agradeceu o apoio da FPA no enfrentamento da crise.
“Primeiro, ressaltar que, graças ao trabalho do setor agropecuário brasileiro, garantimos ao Brasil quase duas décadas sem casos no nosso país. Isso mostra a eficiência do sistema brasileiro, onde conseguimos dar respostas rápidas. É exatamente aí que está a robustez do nosso setor. O trabalho é intenso e estou tendo todo o apoio da FPA para superar os problemas. A nossa confiança é de que, a partir de amanhã, vamos começar os 28 dias para nos livrarmos da gripe aviária”, disse.
Impactos no setor
Marcelo Osório, da ABPA, esclareceu que não há risco para a saúde pública e que essa informação precisa ser amplamente divulgada. Ele destacou a importância da transparência e da serenidade no momento.
“Esse foi um foco isolado e não está em descontrole. Precisamos trabalhar com calma e fazer reverberar para o público que os protocolos estão sendo seguidos e tudo vai ser resolvido. Está sendo difícil para o setor, mas todos estão unidos e resolvendo a questão. O nosso sentimento é de confiança no sistema de defesa brasileira e vamos retomar o nosso status e segurança, tanto no mercado interno quanto no externo”, afirmou.
Sobre a suspensão temporária das exportações brasileiras por alguns países, Osório explicou que trata-se de cumprimento de protocolo internacional. “Muitos questionam o motivo dos países terem fechado o mercado para o Brasil. A resposta é muito simples: seguimento à risca do protocolo internacional. Não há o que questionar, pois trata-se de um procedimento padrão. A tranquilidade e o apoio à gestão da FPA vai fazer com que tudo se resolva ainda mais rápido”, concluiu.
Na última sexta-feira (16), em nota oficial, a FPA reforçou a confiança no serviço de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura e reconheceu sua competência técnica e eficiência em situações de emergência sanitária.