O evento, que reuniu mais de 200 empresários do agronegócio brasileiro aconteceu neste sábado (30), em Campinas (SP), debateu a sucessão familiar nas empresas do setor.
O 6º Fórum Nacional de Agronegócios, organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), contou com a participação do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Nilson Leitão ( PSDB- MT), do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, entre outras autoridades locais.
Nilson Leitão ressaltou a importância do debate para o desenvolvimento das empresas, de maioria familiar, no Brasil. “No Mari Grosso temos muitas empresas de sucesso com base familiar. Mas, antes de tudo, é imprescindível que o país tenha segurança jurídica, direito a propriedade e garantia do emprego”, disse.
Roberto Rodrigues destacou que o tema é de grande relevância para o futuro do setor. “Nossas empresas precisam ganhar maturidade por meio da troca de experiências para que todas as gerações tenham sucesso na gestão”, destacou.
Durante o evento, os palestrantes compartilharam experiências sobre transições administrativas, desafios e soluções encontradas.
No primeiro painel expositivo, Fábio Mizumoto, especialista em empresas familiares e sucessão da Fundação Getulio Vargas (FGV), falou sobre Governança e Sucessão no Agronegócio. Ele apresentou estudo que indica que a instituição familiar fortalece a atividade profissional. Segundo Mizumoto, “a relação entre família e administração empresarial acumula conhecimentos tácitos, experiência e rede de contatos que permitem antecipar tendências e acessar recursos fundamentais para os negócios”.
Como moderador do debate, Marcelo Vieira, presidente da Sociedade Rural Brasileira, acredita que um novo modelo de agronegócio está surgindo e exige estratégias de adaptação por parte das empresas. “O agronegócio brasileiro tem evoluído cada vez mais na direção de uma estruturação empresarial que leva a uma gestão profissionalizada, com uma crescente escala”, afirmou.
Para Arlindo Moura, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA), o sistema de governança é o caminho para processos de sucessão e administração eficientes são. “O modelo de governança corporativa da ABRAPA prima pela aplicação racional, transparente e estratégica dos recursos”, pontuou.
Durante coletiva de imprensa, o presidente da FPA disse ainda que mais do que discutir a sucessão das empresas, os empresários devem se envolver no debate Politico de sucessão para 2018. “Quanto mais envolvimento do empresariado, da sociedade civil organizado, mas qualidade teremos na avaliação dos nossos próximos candidatos para presidir o país.”