A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) vai apresentar uma proposta ao relator da PEC da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), com as mudanças que considera essenciais ao setor produtivo rural para a aprovação da matéria. A decisão foi tomada nesta terça-feira (07) durante reunião-almoço da FPA que contou com a presença de Maia e cerca de 40 deputados ligados ao agronegócio.
O presidente da FPA, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), entende que esse primeiro encontro serviu para que os integrantes da Frente trouxessem suas dúvidas e críticas ao projeto apresentado pelo governo. “Nós não queremos um tratamento igual para o trabalhador rural e para o urbano. São trabalhadores em situações totalmente diferentes, o que precisa ser levado em consideração. Então levaremos esse texto ao relator para que se possa fazer uma legislação que seja de fato à altura da modernidade que hoje é o setor da agropecuária brasileira, sem esquecer o pequeno trabalhador, o assentado e o trabalhador familiar”.
Após ouvir as ponderações dos parlamentares, o relator Arthur Maia se mostrou irredutível em apenas um ponto: a idade mínima de 65 anos para a concessão das aposentadorias. “A situação é muito clara. Se não fizermos a reforma agora, a Previdência Social deixará de existir em 2024. Esses são aos dados que estão aí postos. Não há como fugir disso”. Arthur Maia pretende apresentar o relatório da Proposta de Emenda à Constituição da Previdência na primeira semana de abril.
O presidente da FPA, Nilson Leitão, ressaltou que, apesar de propor mudanças, a FPA entende a urgência do tema e não pretende protelar a sua aprovação. “Queremos a reforma, vamos colaborar com a reforma e vamos dar celeridade para que ela ocorra da melhor forma possível”, concluiu.