Diz que samba mata fome
E que o agro contamina.
O que ela não sabe,
O que ela não ensina
É que nos usamos botina
Pra alimentar a passarela
Enquanto ela
Do alto de seu império,
Rumina só despauterio!
A escola tagarela.
Na letra do samba enredo,
Um texto desinformado!
Quem cuida da Mata aqui
É somente o criticado.
Já viu mulata na Mata?
E Abre alas no campo?
Já viu baiana de bota
Já viu bicheiro santo?
A Mata mata a mulata
Sambista não é safrista
Mas o convite tá feito:
Venha aqui bater no peito
Quem entende de natureza
Falar da sua beleza
No samba lá do império
É um monte de impropério
Pra fazer dinheiro fácil!
Sai daí do seu palácio,
Ouça o samba do campo
Caia na nossa folia,
Ela começa todo dia
Ao raiar do sol nascente
Nós lançamos a semente
vc tempera com sal.
Esse é o nosso carnaval
Que honramos defender
É só pra vc saber
Imperatriz leopoldinense!
Aqui quem luta é quem vence.
Por fim
Desça daí do seu topo
Do seu carro alegórico,
Segundo contou Esopo
Sobre a história de nós dois
A sua é feita de samba
A nossa é feita de garra
Sem querer fazer intriga
Mas o agro é a formiga
E vc é a cigarra!!
Itapuã Messias