O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), representou a Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (01/10), durante o “IV Fórum Parlamentar Internacional”, que aconteceu na sede do Parlamento Russo em Moscou. O encontro reuniu líderes dos BRICS e países convidados, para discutir “O Papel dos Parlamentos na Garantia da Segurança Internacional nas Condições Atuais”.
A abertura foi feita pelo presidente da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Sergei Naryshkin, que defendeu a organização dos parlamentares em um bloco que tenha vez e voz no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em seu discurso, Nilson Leitão lembrou que o diálogo é o melhor instrumento para conquistar a paz mundial. O parlamentar usou um exemplo bem atual, os conflitos no Oriente Médio, na Síria, em especial, de onde os cidadãos fogem em busca de refúgio em outras nações. “Os países mais ricos ou aqueles com melhores condições tem que se concentrar mais nas pessoas. Os com tecnologia mais avançada e que alcançaram êxito em sua educação e na saúde tem que se dedicar aos que mais precisam. Várias sugestões foram dadas. O diálogo é a palavra de ordem. Sem o diálogo e o fim da intolerância não chegaremos a essa paz que todos desejamos”.
Nilson Leitão aproveitou a oportunidade para defender um assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e convidou os líderes mundiais para visitarem o Brasil durante os Jogos Olímpicos de 2016, que será sediado no Rio de Janeiro.
Relações comerciais
Como vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado federal Nilson Leitão participou de uma série de reuniões em que discutiu a relação comercial entre o Brasil e a Bielorrússia, onde esteve no começo da semana. O principal item da pauta de reuniões, que incluiu visita aos ministérios da Agricultura e da Indústria, foi o fim do embargo à compra de carne brasileira, promessa que deve ser cumprida até o fim do ano, segundo membros do governo bielorrusso.
“O Brasil tem um déficit alto porque compramos mais do que vendemos. Assim, o fim do embargo representa o equilíbrio e uma parceria de fato, entre os dois países”, disse Leitão.
A relação comercial entre os dois países se dá em função da importação, por parte do Brasil, de potássio para a indústria de fertilizantes, usados em grande escala na lavoura. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de janeiro a julho deste ano o Brasil importou 4,12 milhões de toneladas de cloreto de potássio, sendo a Bielorrússia, a segunda maior vendedora do produto, com 826 mil toneladas.
Leitão visitou uma mina de potássio distante cerca de 650 metros abaixo da superfície. Ele também conheceu a indústria de caminhões BelAZ, que produz o maior caminhão do mundo, e que tem interesse em se instalar no Brasil. O caminhão, usado na indústria de mineração, é capaz de carregar quase 500 toneladas de pedra, terra e outros materiais, tem 8,10 metros de altura, 20,6 metros de comprimento e pesa 900 toneladas.