Estimuladas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), 1.390 famílias invadiram no início desta semana a Fazenda Figueira, de 3,7 mil hectares, localizada no distrito de Paiquerê, em Londrina (PR). Esta fazenda é utilizada como um centro de pesquisa da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), de Piracicaba, instituição ligada à Universidade de São de Paulo, uma das mais conceituadas do Brasil.
A Fazenda Figueira é experimental e nela se criam 6 mil cabeças de gado, a maioria de corte, e também gado leiteiro, em uma área de pastagem de 1.850 hectares. A propriedade também cultiva 350 hectares de soja, milho, trigo, sorgo e alcança altos índices de produtividade. Na propriedade, promovem-se trabalhos de difusão de tecnologias, dias de campo e aulas com estudantes de várias universidades. Aproximadamente 40% da fazenda são constituídos por áreas de preservação na Mata Atlântica.
Não é de hoje que assistimos a essas violações ao direito de propriedade, delitos que passaram a ser mais frequentes nos últimos anos. Isso é público e notório. Esses atos de vandalismo trazem insegurança jurídica e muita conturbação nas propriedades rurais, como nos centros de pesquisa e em órgãos públicos. São ações condenáveis. No âmago dessas agitações está esse deplorável Movimento dos Sem Terra, essa organização que a todos amedronta, choca a sociedade e nos deixam a todos consternados.
Por tudo isso, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) vem a público repudiar e condenar essas invasões, essas violações ao sagrado direito constitucional da propriedade privada. E alerta que o Governo Federal tem o dever de dar um basta nessa situação, de coibir essas invasões, que se imagina ocorrer num país de governo acanhado.
Foto: Ricardo Chicarelli/Grupo Folha