As entidades do setor produtivo rural foram duras nas críticas aos agentes financeiros que condicionam a liberação do crédito rural aos agricultores mediante contrapartida ou, como se convencionou dizer, numa operação casada. As reclamações foram transmitidas hoje (30/3) no Colóquio que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) vem promovendo desde a semana passada para debater os gargalos do agronegócio brasileiro. O encontro desta segunda-feira contou com a participação do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar.
Nassar disse que o Ministério da Agricultura fará de tudo para não haver redução no Orçamento para esse setor. “Estamos preocupados com essa possibilidade, mas empenhados em manter os recursos para pagamento do passivo e garantir o previsto para a safra que será plantada esse ano.” Segundo ele, o Ministério da Fazenda trabalha com o valor aproximado de R$ 1,4 bi, que correspondem à soma da subvenção ao seguro rural das safra dos anos 2014 e 2015.
Foi lembrado ao secretário que, dos R$ 400 milhões, orçados em 2014, somente R$ 10 milhões foram pagos, e dos R$ 390 que ficaram em restos a pagar cerca de R$ 330 vencem amanhã, dia 31, o que está deixando os agricultores apreensivos. Para as safras de inverno e de verão 2015/16 estão previstos no Orçamento aprovado recentemente pelo Congresso Nacional R$ 660 milhões. Serão destinados tanto para a safra de inverno como a de verão. Falta, porém, a presidenta Dilma Rousseff sancionar.
A reunião contou com a participação de cerca de dez entidades do agronegócio e foi conduzida pelo coordenador técnico de Política Agrícola, Célio Porto e que tem o deputado Roberto Balestra (PP-GO) como coordenador político.