O agronegócio é a base sólida da economia. Alimenta mais de 200 milhões de brasileiros, garante um elevado volume das exportações, produz energia limpa e renovável, gera emprego e renda, sem o mesmo, não teríamos a adequada sustentabilidade econômica e a paz social, indispensável à população brasileira. Infelizmente, nunca houve uma política Agrícola consistente e permanente.
O agronegócio é uma força real que impulsiona o mercado interno e externo, garante a renda efetiva, sustentabilidade e segurança jurídica. Entretanto, as características específicas do setor, que as diferenciam dos demais, não são compreendidas por parte dos governantes, ou são por eles subestimadas.
Como exemplo desses fatores, citamos os entraves que afetam o setor sucro energético, entre outros, vitimado por ações inconsistentes de Estado, entre as quais ressaltamos a ausência de um plano de longo prazo para a questão Logística que tem limitado a capacidade de expansão do setor
Outro problema grave, que atinge especialmente o pequeno e médio produtor: a ausência de uma política de garantia de renda, de modo a gerar a estabilidade na cadeia produtiva. Os agricultores não dispõem de instrumentos de proteção contra os riscos inerentes à atividade econômica.
As soluções dependem de políticas setoriais baseadas na garantia de renda dos produtores Rurais e na proteção de riscos, da adequação das políticas macroeconômica e ambiental, além de medidas voltadas à indústria, ao comércio e serviços, em áreas onde esses setores se conectam à agropecuária.
Mas, principalmente, o setor Agrícola brasileiro depende de boa vontade e ações governamentais para execução dos programas e projetos voltados para o meio rural a longo prazo.
A FAESP defende uma política Agrícola plurianual, com horizonte de 4 a 5 anos, programas setoriais permanentes, lastreados na elevação da produtividade, no ganho de eficiência, na segurança alimentar e na estabilização da renda no campo.
Para a Federação, que reúne 238 sindicatos e 322 extensões de base, o que lhe garante presença na quase totalidade dos municípios paulistas, o agronegócio irá avançar ainda mais se seu protagonista, o Produtor rural, seja ele pequeno, médio ou grande, abrigado em Sindicatos Rurais, Cooperativas ou individualmente, for atendido em suas demandas.
O homem do campo, precisa de estímulos para se manter à frente de suas atividades. Incentivado, ele gira toda a cadeia à sua volta.
O setor é fundamental para o desenvolvimento do País, esperamos que em 2015 receba a atenção, o apoio e o reconhecimento devidos, de maneira a promover o fortalecimento da economia brasileira.
Fábio Meirelles – PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO.