“Como economista tenho visão e convicção de que se o nosso PIB cresceu foi por causa da agricultura. Não estimular o agronegócio é ter pouca inteligência. E aqui estou tentando construir uma candidatura que seja de um Parlamento com altivez”, declarou o líder do PMDB carioca, Eduardo Cunha, ao participar hoje (2/12) da concorrida reunião-almoço com os membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), também conhecida como bancada ruralista.
Após ouvir os muitos pleitos dos membros da Frente, Cunha afirmou que, se eleito, fará questão de participar uma vez por mês da tradicional reunião da bancada para ouvir as demandas do agronegócio brasileiro. E acrescentou: “quero e preciso muito do apoio de todos vocês. Não tenho medo de enfrentar posições contrárias. Minha disposição é discutir de forma democrática, sem submissão, pois não serei sozinho presidente da Câmara Federal.
Tanto o presidente da FPA, deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS), quanto o presidente eleito, deputado Marcos Montes (PSD-MG), elencaram as bandeiras defendidas pelo setor produtivo rural. Eles apresentaram várias propostas que estão tramitando no Congresso Nacional, tais como o direito de propriedade, com destaque para a PEC 215, e uma reforma na legislação trabalhista (terceirização) e que seja adequada às atividades exercidas no campo.
“Líder, uma de nossas preocupações é o projeto do trabalho escravo ora em tramitação no Congresso Nacional. O que queremos é tão somente uma definição clara e objetiva na lei do que seja realmente trabalho degradante e análogo à escravidão porque essa abrangência do conceito é que traz insegurança jurídica aos produtores que ficam à mercê dos agentes públicos para injustamente penalizá-los. Nenhum de nós é a favor do trabalho escravo”, explicou Heinze.
Na próxima terça-feira, dia 9, será a vez do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), também candidato à presidência da Câmara Federal, participar da reunião-almoço da FPA.