Começa a colheita da soja no RS
Com a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, foi realizada sábado (29), em Tupanciretã, a 7ª Abertura Oficial da Colheita da Soja no Estado. O evento foi marcado pela realização de três painéis de debates: sobre Derivados da Soja, Nutrição e Agregação de Valor; Políticas Públicas e Programas nas Áreas de Infraestrutura Rural e Energia; e Importância e Desafios da Agricultura na Economia Regional. O evento terminou com um carreteiro de charque produzido pelos cozinheiros da Federação dos Agricultores do Rio Grande do Sul – FARSUL.
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) elogiou o novo ministro, que é gaúcho de Selbach, e venceu como produtor agrícola no Mato Grosso. “Apesar dos poucos recursos do Ministério, reconheço em Neri Geller um ministro que conhece agricultura como poucos”.
Tupanciretã é o maior produtor de soja do Rio Grande do Sul.
Perondi ganha apoio do ministro para mudar MP 627 e evitar taxação da soja
Um dos temas mais debatidos na 7ª Abertura Oficial da Colheita da Soja, realizada no município de Tupanciretã, foi a possibilidade de tributação em 9,25% de PIS/Cofins sobre a soja e seus derivados destinados à exportação, prevista na Medida Provisória nº 627. A MP já foi aprovada pela Comissão Especial Mista do Congresso Nacional e deve ser votada na noite desta terça-feira (1º) em plenário. O deputado Darcísio Perondi informou que está mobilizando o PMDB e vai apresentar um Destaque Supressivo para retirar da Medida Provisória o Artigo 110, que trata da taxação sobre a soja. O ministro da Agricultura, Neri Geller, se comprometeu a apoiar Perondi. “Sou produtor rural até hoje. Sei da importância dessas demandas para o setor primário. O ministério da agricultura é contra a taxação da soja”, disse.
Segundo Darcísio Perondi, o Governo Federal pode arrecadar mais R$ 5 bilhões com esta cobrança, mas este mesmo valor deixará de circular na cadeia produtiva da soja e no valor agregado. “É dinheiro que o Governo arrecada, mas que vai deixar de circular no comércio, na indústria e nos serviços, impactando na riqueza de cada um dos municípios produtores”, afirmou o parlamentar.
Perondi explica que a soja é uma “commodity”, com formação de preço global. Com isso, a renda bruta da comercialização de soja será violentamente impactada, configurando confisco. “Os produtores brasileiros já vêm sofrendo com elevados custos de produção e de logística e essa taxação vai tirar a competitividade internacional da nossa soja”, alertou Perondi.
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Foto (Ministério da Agricultura): Ministro prova arroz de carreteiro oferecido pela Farsul