Dilceu Sperafico*
O desempenho do agronegócio brasileiro, garantindo alimentos abundantes, diversificados, de qualidade e a preços acessíveis para os consumidores nacionais, além de excedentes para exportações, responsáveis por superávits na balança comercial, com geração de emprego, renda e novas oportunidades de negócios que asseguram a estabilidade econômica e social do País, é resultado ou soma de série de fatores positivos.
Eles começam pela extensão territorial, clima generoso e fertilidade e topografia favorável do solo, mas também incluem avanços como a tecnologia disponível, a vocação, tradição e eficiência dos agricultores, o respaldo de importantes segmentos políticos, econômicos e sociais e as medidas positivas do poder público, incluindo a disponibilidade de crédito para as atividades agropecuárias.
Esses aspectos, vale lembrar, foram todos destacados por autoridades federais, lembrando recentes recordes da produção nacional, durante o lançamento do Plano Safra 2017/2018, que somente através do Banco do Brasil colocou à disposição de produtores, a juros atrativos, mais de 103 bilhões de reais, já investidos no plantio de culturas de verão.
Na oportunidade, o presidente da instituição, Paulo Caffarelli, ressaltou que o êxito do agronegócio também deve ser creditado à tomada de decisões adequadas na hora certa, como a liberação de recursos para o crédito rural, pois o plantio na melhor época, com sementes e insumos adequados, depende também do financiamento para a safra liberado no momento correto.
Na mesma cerimônia, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, observou que sem os recursos para a concretização do plantio no momento oportuno, “de nada adiantaria São Pedro”, garantir chuvas regulares e umidade necessária para o desenvolvimento das lavouras.
Conforme ele, o desempenho do agronegócio “é conseqüência de atuação firme na busca de mercados, que se conquistam na cotovelada e na botina”, por parte de produtores, cooperativas, empresas do ramo, lideranças do setor e autoridades estaduais e federais.
Segundo ambos os dirigentes, essa combinação tem funcionado de maneira exemplar, como demonstram números recentes da produção e exportações do agronegócio brasileiro, o que tem sido decisivo para o enfrentamento da grave crise nacional e a gradativa retomada do crescimento econômico e social do País.
As exportações do agronegócio brasileiro somaram 9,27 bilhões de dólares somente em junho deste ano, com aumento de 11,6% em relação ao resultado do mesmo período do ano anterior. Já as importações do setor, também de junho, cresceram 6,1%, ficando em 1,16 bilhão de dólares.Com isso, o superávit comercial da agropecuária atingiu 8,12 bilhões de dólares naquele mês, o segundo melhor resultado de junho da história.
No primeiro semestre deste ano, o agronegócio registrou saldo comercial de 40,8 bilhões de dólares e, em 12 meses até junho, de 73,2 bilhões de dólares. Com isso, o agronegócio demonstrou mais uma vez ser o principal responsável pelos bons resultados da balança comercial brasileira, com benefícios para toda a população, rural e urbana.
Isso porque, a produção agrícola também contribui para manter a inflação em níveis baixos, graças aos recordes de produção. A safra brasileira de grãos de 2016/2017 alcançou 237,22 milhões de toneladas, com aumento de 27,1% sobre o total de 186,6 milhões de toneladas da safra anterior.
*O autor é deputado federal pelo Paraná