Dilceu Sperafico*
Para enfrentar e superar crises e frustrações, se tornar cada vez mais competitivo, abastecer o mercado interno com alimentos de qualidade e acessíveis a todos os consumidores, conquistar novos mercados e gerar excedentes para as exportações, o agronegócio brasileiro precisa utilizar mais e melhor todos os recursos da chamada era digital.
Em Toledo e no Oeste do Paraná, por exemplo, muitos filhos de agricultores freqüentam universidades sem deixar as atividades rurais, além de contarem com acesso à internet nas propriedades e disporem de computadores até em máquinas agrícolas, o agronegócio está na era digital há anos, mas em nível nacional a agropecuária ainda precisa se adequar aos novos desafios tecnológicos do mercado globalizado.
Na região, para quem não sabe, já há mais trabalhadores da área rural com curso superior do que nas cidades, pois os jovens têm à sua disposição em instituições locais ou regionais, cursos importantes para sua atividade, como Agronomia, Medicina Veterinária, Administração, Engenharia de Produção, Engenharia Ambiental, Biologia, Economia e Mercado Agropecuário, entre muitos outros.
Além de estudar e se aperfeiçoar sem deixar a propriedade e atividades rurais da família, os jovens também contam com apoio e estrutura de entidades como o Sindicato Rural Patronal, que coloca à disposição de associados e familiares Central de Agronegócios, equipada com diversos computadores e acesso aos mercados internacionais.
Na era digital, segundo especialistas, o agronegócio brasileiro precisa adequar suas atividades à essa nova realidade, para manter e ampliar a competitividade e conquistar novos mercados, em todo o planeta.
Para nossa satisfação, no Oeste e em outras regiões do Estado, os agricultores já dominam e utilizam computadores, smartphones, GPS e outros equipamentos de acesso e uso de recursos da internet, ampliando as possibilidades de rendimento de seus negócios.
Esse avanço demonstra que nossos produtores estão conscientes de que a globalização digital é um caminho sem volta e representa novo e grande desafio para o agronegócio brasileiro, que terá de revisar a gestão de suas atividades para manter e ampliar sua participação no mercado internacional.
Conforme especialistas, o agronegócio, como outros setores produtivos, têm a necessidade de se alinhar à nova realidade, que abrange soluções com tecnologia e inovação, acompanhando os consumidores locais, nacionais e internacionais, cada vez mais atentos à qualidade, valores e sustentabilidade das cadeias produtivas de alimentos.
O agronegócio da era digital poderá atingir alta produtividade com técnicas ambientalmente corretas, adotando práticas da Agricultura de Precisão, além da utilização de sensores e outros mecanismos sofisticados para prevenção de perdas com variações climáticas e uso de aplicativos de ponta para a modernização da gestão de propriedades e agroindústrias.
Conforme especialistas, ao incorporar práticas e processos de precisão, o agronegócio, principal segmento da economia brasileira, poderá assegurar o equilíbrio entre as vertentes da sustentabilidade, que são a econômica, social e a ambiental, atendendo exigências do mercado globalizado.
Assim, com a bioeconomia e a era digital operando em sintonia e sinergia, o agronegócio brasileiro poderá consolidar a liderança mundial na produção de alimentos, fibras, energia renovável e biomateriais.
*O autor é deputado federal pelo Paraná