Esta é mais uma praga a ameaçar o segmento mais bem sucedido da nossa economia, como se não bastassem tantas outras pragas e doenças que se espraiam pelos campos e que se combate diuturnamente. Se essa ideia da tributação vingar, com certeza, vai comprometer a competitividade do setor em todos os estados produtores.
A tentativa de elevar a contribuição previdenciária sobre a produção rural utiliza de infundados argumentos e pode causar danos a essa atividade, que ainda sobrevive à crise que se verifica no País. Como o aedes aegypti, nos campos produtores de alimentos esta “praga tributária” pode causar também infestações irreparáveis na agropecuária.
Lembremos do Dr. Osvaldo Cruz, que coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola, tornou a vacinação obrigatória e organizou os batalhões de “mata-mosquitos”, encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores. Muito tempo depois, tal como Osvaldo Cruz, (bem ou mal comparando), a Lei Kandir eliminou o “mosquito” do imposto das exportações das commodities, o que tornou o Brasil muito mais competitivo e hoje responde por 43% das nossas exportações, 23% do PIB, 35% dos empregos e Valor Bruto da Produção de R$ 501,4 bilhões. No ano da Lei Kandir (1996), o agronegócio exportava US$ 21,145 bi, mas já alcançou US$ 100 bi, o que significa 373% de aumento. Uma “praga” por interromper esse crescimento.
Querem agora trazer esse “mosquito” de volta?
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) bateu o martelo: é radicalmente contra mais esta praga, uma vez que o contingente de empregados rurais é de somente 0,5% do total do mercado formal de trabalho. Vale lembrar que em um ano em que a economia fechou 1,5 milhão de vagas, o setor conseguiu expandir sua força de trabalho em 9.800 trabalhadores. Por que penalizá-lo? Vá entender…