O deputado Marcos Montes (PSD-MG), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), lamentou o drama enfrentado por caminhoneiros com os atoleiros em rodovias brasileiras, especialmente na BR-163. “Quem perde é o Brasil. O produtor fez a sua parte, mas todo o esforço vai pelo ralo se não há estradas adequadas para o escoamento da safra”, criticou.
Marcos Montes lembra que a BR-163 é uma das mais importantes do país, principalmente no que diz respeito à circulação de mercadorias estratégicas para a economia brasileira, como a soja, por exemplo. Segundo Marcos Montes, “a BR-163 é mais uma herança vergonhosa dos dois governos passados; mais uma amostra do desdém com que o Brasil foi tratado por estes dois governos. Os prejuízos provocados por trechos próximos ao Pará e a Mato Grosso são incalculáveis – coisa de bilhões de reais por ano. E só na última semana os cálculos dos prejuízos superam a casa dos 350 milhões de reais”.
O parlamentar afirma que mais uma vez o presidente Michel Temer se vê às voltas com uma herança maldita, que exige uma readequação de recursos – inclusive em prejuízo de investimentos que o atual governo federal vinha programando para setores prioritários. “A cada passo que o atual governo dá em frente, outros dois precisam ser dados para trás para socorrer o caos deixado pelos seus antecessores”, concluiu Marcos Montes.
Segue coluna do deputado:
Bem-vindos! – Abro a coluna hoje, com muita tristeza, lamentando profundamente o drama enfrentado por caminhoneiros ao longo de algumas rodovias brasileiras, e mais particularmente na BR-163, uma das mais importantes do país, principalmente no que concerne à circulação de mercadorias estratégicas para a economia brasileira, como a soja, por exemplo.
Vergonha – Castigada por atoleiros ao longo de vários trechos, em razão das chuvas, a BR-163 é mais uma herança vergonhosa dos dois governos passados; mais uma amostra do desdém com que o Brasil foi tratado por estes dois governos. Os prejuízos provocados por trechos próximos ao Pará e a Mato Grosso são incalculáveis – coisa de bilhões de reais por ano. E só na última semana os cálculos dos prejuízos superam a casa dos 350 milhões de reais.
Herança – Mais uma vez o presidente Michel Temer se vê às voltas com uma herança maldita, que exige uma readequação de recursos – inclusive em prejuízo de investimentos que o atual governo federal vinha programando para setores prioritários. A cada passo que o atual governo dá em frente, outros dois precisam ser dados pra trás para socorrer o caos deixado pelos seus antecessores.
Retrocesso – Vale lembrar que o Brasil ainda está sob impacto do susto com o drama da segurança pública. Ninguém tinha dúvida de que o país enfrentava graves problemas neste setor e que era imprescindível uma reforma no sistema. Entretanto, o que vimos acontecer em alguns estados, incluindo a crise no Espírito Santos, é de estarrecer. Em vez de um mínimo de melhorias, o que aconteceu na segurança pública brasileira foi um retrocesso sem precedentes.
Irresponsabilidade – Também não eram segredo pra ninguém os problemas econômicos enfrentados pelos estados e municípios. Mas o que veio à tona foi uma explosão de crises, grande maioria delas provocada pela irresponsabilidade dos dois governos anteriores.
Gastanças – Gastaram o que tinha e o que não tinha, primeiro num período de boa economia, quando usaram e abusaram dos cofres públicos, sem qualquer planejamento de futuro. E em seguida para se manterem no poder, com uma gastança sem limites durante a eleição presidencial de 2014.
Santos do pau oco – E alguns líderes deste grupo não ficam nem um pouco vermelhos ao se fazerem de santos. Agem como se não tivessem nada a ver com a herança que deixaram. A população brasileira, que está exigindo ética na política, também precisa ficar atenta sobre estes enganadores. Administrações ruins são tão funestas quanto a corrupção!
O tempo dirá – Por estas e outras heranças é que me nego a fazer média com o eleitorado brasileiro para receber aplausos passageiros. Não tenho dúvida de que, num futuro muito breve, os mesmos que estão defendendo que a Previdência, por exemplo, continue como está, vão criticar os deputados e senadores que votarem contra a reforma.
Pelo Brasil – Não vou fechar os olhos para a necessidade urgente das reformas política, previdenciária e trabalhista… Não vou me omitir, não vou fugir às minhas responsabilidades e não vou fingir que está tudo bem.
Emprego e renda – Com certeza, são reformas complexas, que precisam ser debatidas, bem explicadas, e muitas delas até exigem a reestruturação de alguns pontos. Entretanto, elas são imprescindíveis para que o Brasil volte a crescer e a criar emprego e renda para os brasileiros.
*Marcos Montes é líder da bancada do Partido Social Democrático (PSD) na Câmara dos Deputados, integrante e ex-presidente (2015/2016) da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Ele escreve esta coluna semanalmente