A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) enviou correspondência às entidades do setor produtivo rural no sentido de “envidar esforços junto aos seus associados e produtores a se inscreverem no Cadastro Ambiental Rural (CAR)”. No mesmo expediente, assinado pelo presidente da FPA, deputado Marcos Montes (PSD-MG), foi sugerido ainda pedir à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, prorrogação do prazo do CAR para todos os estados. Pela legislação atual, o prazo limite é cinco de maio próximo.
Muitas entidades acolheram a recomendação da FPA. Foi o caso da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). “Se essa decisão não for revista, o governo causará um imenso problema a mais de 5,2 milhões de produtores”, alerta. Segundo o próprio MMA, apenas 14% das propriedades rurais fizeram ou conseguiram preencher o CAR até a primeira quinzena de abril. São vários os motivos dessa baixa adesão. O primeiro deles é o limitadíssimo acesso à Internet no interior do país que quando existe é de baixíssima qualidade.
Segundo a FAEP, matérias na imprensa revelam que muitos produtores nem sequer sabem da existência do CAR, muito menos do seu preenchimento. Para quem conhece a Lei, preencher o CAR é na verdade percorrer uma verdadeira Via Crucis repleta de barreiras imprevistas e insuperáveis. “Tendo em vista tantos problemas, o estresse a que o governo federal está submetendo os produtores rurais por não prorrogar o prazo, previsto em lei, significa um desrespeito inominável a uma classe que tem dado tanto pelo nosso país.”